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Por anos ‘novato’, Marquinhos conta como é ser o veterano da zaga na Seleção

Zagueiro foi parceiro dos experientes Thiago Silva, Miranda e David Luiz, e hoje lidera posição ao lado de jogadores mais jovens

Marquinhos em entrevista coletiva concedida em Lima, no Peru

Depois de anos sendo o garoto da zaga da Seleção Brasileira, Marquinhos inicia esse novo ciclo de Copa do Mundo como o veterano, e com apenas 29 anos. Seu parceiro no Catar, em 2022, foi Thiago Silva, então com 37 anos. Hoje é Gabriel Magalhães, 25, com Ibañez, 24, e Nino, 26, no banco.

“Tenho um prazer enorme de ter jogado com todos aqueles nomes aqui na Seleção Brasileira, o Thiago Silva, o Miranda [39], o David Luiz [36]. Aprendi demais com todos eles, cada um de um jeito, cada um com uma personalidade. Tento hoje ser para os mais novos o que eles foram para mim”, disse Marquinhos em entrevista coletiva em Lima, no Peru.

Nesta terça-feira (12), a Seleção encara o Peru pela segunda rodada das Eliminatórias para a Copa de 2026. Na sexta-feira (8) a vitória foi sobre a Bolívia, em Belém, por 5 a 1, e Marquinhos, do PSG-FRA, atuou ao lado de Gabriel Magalhães, do Arsenal-ING. A dupla vai se repetir em Lima, em confronto que terá início às 23h (de Brasília).

“Não é preciso forçar nada [com os mais novos]. Se um zagueiro está na Seleção é porque ele tem capacidade de estar aqui. Tento sempre estar próximo dos mais jovens, dentro e fora de campo”, falou Marquinhos.

Marquinhos nem chegou aos 30 anos e já tem 79 jogos pela Seleção principal, em 107 convocações. Gabriel Magalhães estreou contra a Bolívia, em nove convocações. Ibañez tem sete chamadas, e três partidas, enquanto Nino apareceu três vezes em listas e ainda não entrou em campo.

Do elenco convocado para os jogos em Belém e Lima, Marquinhos só fez menos partidas que Neymar, que atingiu 125 depois do confronto contra os bolivianos. Por isso que o zagueiro, junto com o camisa 10, e com Danilo, Casemiro e Alisson é um dos líderes do elenco. Como seus parceiros, ele também é só elogios para o início de trabalho de Fernando Diniz como técnico da Seleção.

“Diniz vem implementando a filosofia de jogo dele, já adquirimos bastante do que ele pensa, apesar também de ele estar regando uma semente do trabalho do Tite. Ali atrás, na filosofia do Diniz, não estamos expostos. Há uma filosofia, prazerosa de jogar, mas também há posicionamento. O gol que tomamos contra a Bolívia foi falha nossa, não tem relação com filosofia”, disse Marquinhos.

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.