O Santos era tetracampeão em sequência, pois já tinha levantado a taça em 1961, 1962, 1963 e 1964. O Vasco buscava a primeira taça para o Rio de Janeiro, que já tinha estado em duas finais, com Botafogo e Flamengo, dentro dessa sequência santista, mas com ambos fracassando. Este era o enredo da decisão da Taça Brasil de 1965 entre Peixe e Cruzmaltino.
A final começou com mando santista, em 1º de dezembro de 1965, no Pacaembu. E o início foi desanimador para os vascaínos. Com gols de Coutinho, Dorval (2) e Toninho (2), o Peixe goleou por 5 a 1, com Célio, de pênalti, descontando para o Vasco.
A lavada santista, com Pelé em campo, sem que ele balançasse a rede, virou manchete de jornal. No “A Gazeta Esportiva” o título da matéria do jogo foi a seguinte: “Pelé não marcou mas o Santos goleou o Vasco”.
Os 5 a 1 da primeira partida explicam o fato de apenas 38.788 torcedores terem ido ao Maracanã no segundo confronto, uma semana depois, em 8 de dezembro de 1965.
E neste segundo confronto, Pelé foi decisivo, pois foi dele o gol que garantiu ao Santos o pentacampeonato em sequência da Taça Brasil, maior série de títulos nacionais em todos os tempos.
Nos pontos corridos, os dois clubes viveram outro momento importante num confronto entre eles, embora fosse uma decisão apenas para o Santos.
Na última rodada da Série A de 2004, a segunda por pontos corridos, o Peixe chegou à última rodada com 86 pontos, apenas um a mais que o Athletico-PR, que somava 85.
Assim, para não depender do resultado do Furacão, que recebia o Botafogo, na Arenada Baixada, o Santos precisava vencer o Vasco, no Estádio Benedito Teixiera, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo.
E o sofrimento passou longe do torcedor santista, pois Ricardinho abriu o placar logo as 5 minutos, e Elano fez 2 a 0 aos 30.
Na etapa final, Marco Brito diminuiu para o Vasco, mas a festa foi mesmo do Peixe, até porque o Athletico-PR não passou de um empate por 1 a 1 com o Botafogo, que escapou do rebaixamento com este pontos conquistado na Arena da Baixada.
Esta meia decisão entre Santos e Vasco marcou ainda a volta do atacante Robinho ao time do Peixe. Ele esteve afastado em grande parte do returno por causa do sequestro da sua mãe, que foi liberada no dia anterior ao confronto, o que permitiu ao camisa 7 estar em campo naquela tarde em São José do Rio Preto.
