O ex-meia do Palmeiras, Gustavo Scarpa, se manifestou nas redes sociais nesta sexta-feira (27), desabafou sobre o golpe que sofreu, que segundo o atleta o afastou da leitura, e chamou as pessoas envolvidas de “pilantras”. Ex-companheiro de elenco, Willian Bigode é réu no caso.
“Depois que o golpe que eu levei se tornou público, nunca mais havia conseguido me concentrar direito para ler livros, uma paixão e um hábito que adquiri há algum tempo. Acabei optando por hobbies com mais adrenalina, tipo skate e wakeboard. Graças a Deus, porém, após quase 1 ano, o pai tá de volta com a leitura”, iniciou Scarpa no Instagram.
Após título do Campeonato Brasileiro de 2022 do Palmeiras, o caso foi exposto na televisão. Além de Gustavo Scarpa, o lateral Mayke e o goleiro Weverton, que não revelou quantia que perdeu, entraram com ações contra Willian Bigode e a empresa Xland, recomendada pelo ex-Cruzeiro.
“Infelizmente, os pilantras que fizeram isso comigo e com milhares de outras pessoas, de forma direta ou indireta, segue vivendo normalmente. Com muita cara de pau, continuam lesando famílias com destreza, simpatia e hipocrisia, desejando ‘o bem’ para todos, como se não devessem nada para ninguém”, seguiu.
A empresa prometia retorno de investimentos altos que os atletas fizeram. Gustavo Scarpa perdeu R$ 6 milhões no negócio, enquanto Mayke teve quase R$ 4 milhões de perda.
O processo segue contra a empresa do atacante Willian Bigode, a esposa e também sócia, Loisy Coelho, e outra sócia, Camila Moreira de Biasi Fava.
“E, de forma descarada, ainda usam o nome de Deus para disfarçar suas desonestidades. É apenas um desabafo e uma inconformidade com a situação. Mas, enfim, estou contente porque consegui vencer mais uma batalha da mente. Tô ligado que quem me deve vai me pagar! É nois”, finalizou.
Entenda o caso
O processo movido por Scarpa e Mayke aponta que partiu de Willian e de sua sócia Camila Moreira de Biasi a sugestão de investimentos na XLand, que ofereceria uma rentabilidade de 2% a 5% sobre o valor investido. Scarpa aplicou R$ 6,3 milhões, enquanto Mayke e sua mulher, Rayanne de Almeida, investiram R$ 4 583.789,31.
Os problemas com a XLand começaram em meados de 2022, quando os jogadores do Palmeiras tentaram resgatar a rentabilidade, mas não tiveram sucesso após seguidas negativas e adiamentos da XLand. Mais tarde, eles tentaram romper o contrato, mas também não receberam o valor devido.
Após seguidos contatos com os sócios da XLand, Jean do Carmo Ribeiro e Gabriel de Souza Nascimento, com Willian e Camila e um coach de gestão financeira, Marçal Siqueira, que tinha parceira com a empresa acriana, Scarpa e Mayke procuraram seus advogados e registraram um boletim de ocorrência. Desde então, o processo corre na Justiça paulista, ainda sem decisões proferidas sobre culpabilidade dos réus.
