A torcida do Palmeiras protestou contra a presidente Leila Pereira antes de partida contra o Atlético, nesta quinta-feira (19), no Allianz Parque, em São Paulo, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na região destinada às organizadas, uma camisa do Verdão em tamanho de bandeirão foi exposta com os patrocínios Crefisa e FAM cobertos. Ambas são empresas da presidente.
"Ô Leila, incompetente, pegou o Palmeiras para brincar de presidente”, "Ô Leila, preste atenção, muito respeito com a história do Verdão” e “Barros, C*zão. Fora do Verdão”, foram cantos entoados contra a diretoria nas figuras de Leila Pereira, presidente, e Anderson Barros, diretor de futebol.
A organizada Mancha Alviverde, maior torcida uniformizada do Palmeiras, está em “pé de guerra” com a presidente, cobrando reforços para o elenco de Abel Ferreira.
Nas últimas semanas, a situação se intensificou após eliminação do Verdão nas semifinais da Copa Libertadores, após derrota para o Boca Juniors na disputa de pênaltis em pleno Allianz Parque.
Confira protesto da Mancha Verde no Allianz Parque
Protestos
“Queremos jogadores”, “acorda blogueirinha”, diretoria fraca” e “reformulação já" foram algumas das pichações nas sedes da Crefisa na última segunda (9) direcionados à diretoria do Palmeiras. Anderson Barros, diretor de futebol, é alvo da torcida, que pede a saída do profissional.
“Eu respeito profundamente nossos 20 milhões de torcedores que não são só da vitória. O Palmeiras hoje é um clube modelo de administração. Olha o que nós temos aqui, essa Academia de Futebol, vários clubes vêm conhecer, olha essas revelações na base, olha os últimos anos o que nós somos hoje. Acho que isso enche de orgulho a grande maioria dos torcedores. Pode ter certeza de que pressão externa de torcida organizada não vai mudar uma vírgula do que pensamos”, revelou.
Em conflito com a torcida organizada, Leila Pereira mandou recado direcionado e defendeu a gestão do Palmeiras nos últimos anos. A presidente “ergueu” cinco títulos pelo Verdão em dois anos de mandato: dois Campeonatos Paulistas (2022 e 2023), uma Recopa Sul-Americana (2022), e um Campeonato Brasileiro (2022).
“O torcedor organizado torce pela entidade deles, porque se torcesse, não atacaria uma empresa que só está para colaborar. Não vandalizaria muros do clube. Isso é conversa fiada. São dogmas do futebol, completamente errados, que precisam ser discutidos e rechaçados”, afirmou Leila.
“Não é tocando tambor e jogando bomba que vou contratar jogadores. Esses atos de vandalismo contra uma patrocinadora que só colaborou com o Palmeiras. Na pandemia, enquanto a maioria dos patrocinadores cortaram os patrocínios, a Crefisa e a Fam em nenhum momento suspendeu os pagamentos para o Palmeiras. Por isso que o Palmeiras conseguiu manter o emprego dos nossos trabalhadores intacto”, relatou.
Para 2023, o Palmeiras tenta missão improvável de eliminar onze pontos de distância para o líder Botafogo. Hoje, na quarta colocação do Campeonato Brasileiro, tem 12 rodadas em disputa até o final da temporada.
