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Náutico monta comissão e decide futuro na Liga Forte Futebol

Timbu optou por seguir filiado à LFF, mas não vai assinar o contrato pelo valor ofertado

Náutico tomou decisão e optou por se manter na LFF

O Conselho Deliberativo do Náutico elegeu uma comissão para definir o futuro do clube na Liga Forte Futebol (LFF). Membro-fundador, o clube pernambucano vive um impasse com o grupo. Apesar da oferta abaixo do esperado, o clube optou por permanecer no bloco.

No entanto, o clube não vai assinar nenhum contrato pelo valor atual. O Timbu pode mudar o posicionamento caso receba uma proposta melhor. Ciente disso, a concorrente Liga do Futebol Brasileiro (Libra) fez um aceno ao Timbu.

A negociação é para a cessão de 20% dos seus direitos de transmissão pelos próximos 50 anos. O Náutico está na Série C, mas espera retornar à Segunda Divisão em breve.

O Timbu projetava receber algo em torno de R$ 62 milhões para a cessão dos direitos de transmissão. Mas a Liga ofereceu aproximadamente R$ 10 milhões.

Veja parte do comunicado divulgado abaixo

Por fim, os conselheiros discutiram as propostas da Libra, que, mesmo sem qualquer relacionamento com o Náutico até o momento, apresentou uma Carta de Intenção, de modo respeitoso e transparente, garantindo tratamento idêntico aos demais clubes, no momento do futuro retorno à Série B.

Debatidas essas premissas, a Comissão Especial apresentou a seguinte proposição, que foi deliberada pela unanimidade do Conselho:

  1. O Náutico deve se manter como filiado da LFF até ulterior deliberação do Conselho, até por ser associado fundador da respectiva pessoa jurídica e naturais questões societárias existentes;

  2. O Náutico, neste momento, não deve assinar o contrato com o investidor da LFF pelo valor hoje ofertado;

  3. Tais deliberações podem ser revistas, caso cheguem oportunidades diferentes, seja da LFF ou da Libra.

Os filiados

  • LFF: Athletico-PR, América, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sport, Tombense e Vila Nova.

  • Libra: ABC, Atlético, Bahia, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo e Vitória.

  • Bloco União: Botafogo, Cruzeiro, Coritiba e Vasco se uniram à LFF para comercialização de direitos comerciais. Oficialmente, os clubes não são filiados, mas os acordos comerciais respeitam os mesmos termos dos filiados.

Quem é quem? E os percentuais?

A Liga Forte Futebol apresentou proposta para dividir as cotas da seguinte maneira: 45% de forma igualitária, 30% por performance e 25% por audiência. O grupo tem como investidores o fundo Serengeti e a gestora Life Capital Partners (LCP), ambos captados pela XP Investimentos.

A LFF captou R$ 2,3 bilhões por 20% das receitas de uma futura liga pelos próximos 50 anos. XP Investimentos, LiveMode e Alvarez Marsal prestaram consultoria e receberão cerca de 2,5% de comissão nas negociações em caso de criação da liga.

A Libra propõe divisão diferente: 40% de forma igualitária, 30% por performance e 30% por audiência. O grupo de investimentos captado foi o Mubdala, dos Emirados Árabes Unidos.

O fundo oferece R$ 1,3 bilhão por 12,5% dos direitos para os clubes. O BTG Pactual e a Codajas Sports Kapital são os intermediadores. A comissão para os parceiros são de 5% em caso de criação da liga.

Leonardo Parrela é repórter multimídia na área de esportes na Itatiaia. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, colaborou com Globo Esporte, UOL Esporte e Hoje Em Dia, onde cobriu Copa do Mundo, Olimpíada e grandes eventos.
Túlio Kaizer é chefe de reportagem do portal Itatiaia Esporte e tem grande experiência no digital. Foi setorista dos três grandes clubes do futebol mineiro: América, Atlético e Cruzeiro. Cobre também basquete, vôlei, esportes americanos, esportes olímpicos e e-sports.