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Sorte ou azar na altitude? Veja o retrospecto do Inter

Colorado já precisou socorrer jogador com máscara de oxigênio à beira do gramado em La Paz

Em 2015, o meia Anderson precisou de máscara de oxigênio à beira do gramado

Para encaminhar a classificação à semifinal da Copa Libertadores, nesta terça-feira (22), diante do Bolívar, o Inter precisará superar alguns paradigmas. As equipes entram em campo às 19h, no estádio Hernando Siles, pelo jogo de ida das quartas de final da competição.

O principal deles é a altitude de 3,6 mil metros acima do nível do mar. O segundo, a força do adversário em casa. E o terceiro, o seu retrospecto diante de clubes que atuam na altitude. Até aqui, o Colorado tem apenas três vitórias como visitante em estádios com ar rarefeito.

Ao todo, são 14 jogos em competições continentais, com outros quatro empates e sete derrotas. A última vitória do Colorado foi em Cochabamba, também na Bolívia, diante do Jorge Wilstermann por 4 a 1, em 2011. Apesar dos números não serem favoráveis para o Inter na altitude, o resultado da última partida “nas alturas” é positivo.

Na última temporada, o clube gaúcho empatou em 0 a 0 com o Melgar, em Arequipa, no Peru, a 2.300 metros de altitude, pela Sul-Americana. Um empate diante das dificuldades impostas pelo ambiente seria um resultado proveitoso para o Inter fora de casa.

Para tentar minimizar os efeitos da altitude de La Paz, o Colorado viajou à capital boliviana apenas no final da manhã desta terça (22). Antes, ficou hospedado em Santa Cruz de la Sierra, a cerca de 800 km do palco da partida que tem 416 metros de altitude. O objetivo do clube com a estratégia é ficar o menor tempo possível exposto ao ar rarefeito.

Cena icônica

Uma das atuações do Inter nas alturas é relembrada até hoje pelos os torcedores. Em 2015, o ex-meia Anderson, então jogador do Colorado, precisou usar máscara de oxigênio após atuar 36 minutos diante do The Strongest, em La Paz, pela Copa Libertadores. Na época, o meia deu entrevistas e disse que temeu a morte no primeiro tempo da partida.

“Parecia que eu ia morrer. Comecei a passar mal no avião quando chegamos. Nunca tinha passado por isso. Tentei jogar, dar o máximo. Vomitei, passei mal. Você tenta correr, correr, e não sai do lugar. É horrível”, contou o ex-jogador.

Gaúcha de Porto Alegre, Mauri Dorneles é formada em Jornalismo pela PUC-RS e trabalha como correspondente do portal Itatiaia Esporte no Sul do Brasil. Também cursou Cinema. Antes da Itatiaia, passou por Correio do Povo, Record RS, Rádio Grenal, RBS TV e Band.