Em entrevista ao CNN Esportes S/A, o presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, citou o processo de reestruturação do Flamengo, ocorrido entre 2014 e 2019, como exemplo para o Inter. Segundo o dirigente, a evolução das receitas passa pela responsabilidade financeira e econômica.
"É um processo necessário para grande parte dos clubes brasileiros. É um processo de reorganização frente a um modelo que traz mais recursos, tanto que a evolução das receitas do Inter é um exemplo disso. Esse dever de casa é fundamental, precisa ser feito e ter bastante persistência. Cito como exemplo o Flamengo, que fez o dever de casa na gestão Bandeira de Mello e que, hoje, tem uma realidade muito diferente daquela”, afirmou.
Na opinião do presidente do Internacional, apesar da gestão sustentável, o clube tem que construir resultados para ganhar a confiança do torcedor.
"É nisso que acreditamos para devolver ao Internacional essa continuidade de disputar títulos. Uma coisa depende da outra, mas, se conseguirmos avançar nesse caminho, tendo uma responsabilidade econômica e financeira com o clube e, ao mesmo tempo resultado, é o mundo ideal. O futebol é feito de resultados, é muito imediatista. Isso faz com que a pressão aumente cada vez mais para que busque resultados, independentemente de uma condição financeira melhor”, complementou.
Implementação das SAFs no Brasil
De acordo com Barcellos, alguns clubes brasileiros adotaram o modelo de Sociedade Anônima de Futebol (SAF) para sobreviver do ponto de vista financeiro.
“Uma nova legislação e investidores vieram para salvar esses clubes de um momento muito mais delicado. A gente vive um momento de transição, de algo que foi trabalhado e é estrutural, não é de responsabilidade de A, B ou C, mas estrutural do futebol brasileiro. O Inter viveu nesse contexto e vive para um modelo que a gente possa ter uma governança, uma condição financeira e econômica melhor e sem perder a competitividade dentro de campo, que também é o que nos traz receita e competitividade”, concluiu.
