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Delegação da Arábia Saudita vai ao Iêmen para negociar paz

Representantes do país estão em Saná, capital do Iêmen controlada por rebeldes

Saná, capital do Iêmen, recebe delegação da Arábia Saudita

Uma delegação da Arábia Saudita está em Saná, capital do Iêmen controlada por rebeldes, neste domingo (9) para negociar um novo cessar-fogo com os insurgentes houthis apoiados pelo Irã. A delegação está “em Saná para falar sobre como avançar em direção à paz no Iêmen”, declarou um diplomata iemenita radicado na região do Golfo. A informação foi confirmada por outro diplomata.

As autoridades sauditas não responderam de imediato a um pedido de comentário da AFP. A chegada de uma delegação saudita ao país da península arábica devastado por mais de oito anos de guera acontece em um momento de aproximação da Arábia Saudita, que apoia o governo contra os houthis, com o Irã, que apoia os rebeldes.

Depois de romper vínculos em 2016, Arábia Saudita e Irã, países de religião sunita e xiita, respectivamente, anunciaram em março o restabelecimento de relações diplomáticas, após uma negociação mediada pela China. Os ministros das Relações Exteriores dos dois países se reuniram em Pequim na quinta-feira (6) e concordaram em trabalhar juntos para proporcionar “segurança e estabilidade” à região.

Um grupo de mediadores do Omã, vizinho do Iêmen e da Arábia Saudita, também chegou à capital iemenita no sábado (8). Saná foi capturada pelos rebeldes houthis em 2014, o que desencadeou uma intervenção militar liderada por Riad para apoiar o governo local. Desde então, o conflito deixou centenas de milhares de mortos e provocou deslocamentos em larga escala, uma das crises humanitárias mais graves do mundo.

Há quase um ano, os dois lados anunciaram uma trégua que reduziu significativamente as hostilidades e continua sendo respeitada em grande medida, apesar de ter expirado em outubro. Uma fonte do governo iemenita afirmou no sábado à AFP, sob a condição de anonimato, que os dois lados concordaram em aplicar um cessar-fogo de seis meses para permitir três meses de negociações com o objetivo de estabelecer um período de “transição” de dois anos no país.

AFP
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