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O sucesso é resultado de um processo iniciado ainda em 2018, quando o clube investiu R$ 15 milhões na reforma do centro de treinamento, atualmente um dos mais modernos do país.
O financiamento aconteceu, em parte, pela venda de Luiz Araújo ao Lille, da França. O Mirassol tinha 30% dos direitos econômicos do ex-atacante do São Paulo e embolsou quase R$ 8 milhões com a negociação, em 2018, ano em que o CT foi inaugurado. Uma das inspirações foi a Academia de Futebol do Palmeiras, considerado um dos centros de treinamento mais modernos do mundo.
O clube também modernizou o estádio José Maria de Campos Maia, o “Maião”, com investimentos de R$ 8 milhões em tecnologia, acessos e conforto. Hoje, o Mirassol tem a segunda menor folha salarial da Série A (R$ 5 milhões), mas exibe ótimo desempenho. Para o economista Moises Assayag, especialista em finanças esportivas, o exemplo do Mirassol reforça que resultado vem de planejamento.
“Antes de pensar em títulos, é preciso ter organização e gestão eficiente. O Mirassol mostra que a bola não entra por acaso — há um projeto sólido por trás”, analisou.
A boa gestão também atraiu parceiros. O clube arrecada cerca de R$ 15 milhões anuais em patrocínios, com empresas como Guaraná Poty, Kodilar, Ecori Energia Solar e a 7K, marca do grupo Ana Gaming, que apoia o Mirassol desde a Série C.
“Quando apostamos no Mirassol, já víamos um projeto moderno e transparente. Hoje, vê-lo competindo de igual para igual com os grandes confirma nossa visão estratégica”, destacou Nickolas Tadeu Ribeiro de Campos, fundador da Ana Gaming.
Além do crescimento em campo e fora dele, o clube também se destaca por iniciativas pioneiras, como a aquisição de uma câmara de flutuação, usada em recuperação física, e ações de integridade esportiva.
O próximo jogo do Mirassol será neste sábado (25), contra o Sport, às 18h30, na Ilha do Retiro.