Ex-atacante e ídolo do
Quando perguntado se gostaria de ter defendido o Flamengo, Reinaldo afirmou que sim. “Claro, todo jogador gostaria de jogar no Flamengo. Eu tive essa oportunidade em 81 mesmo. Quase acertamos com o Flamengo, mas naquela ocasião não tinha a lei do passe. A gente era preso ao clube, e o Atlético não deixou que eu viesse”, disse.
O ex-camisa 9 também comentou sobre a diferença de visibilidade entre os clubes da época, destacando que a imprensa do Rio de Janeiro e de São Paulo tinha maior alcance nacional.
“Se eu jogasse no Flamengo, acho que teria dado mais eco ainda. A visibilidade era muito maior. A imprensa do Rio e de São Paulo era a voz pra todo o Brasil. Lá em Minas, a gente ficava entre as montanhas”, completou.
Rivalidade histórica
A fala repercutiu entre torcedores alvinegros, especialmente por se tratar de um dos maiores rivais do Atlético nos anos 80 — período em que os clubes protagonizaram duelos marcantes nas principais competições nacionais e continentais.
Em 81, especialmente, protagonizaram confronto histórico pela Libertadores, em partida ‘desempate’ na qual o Alvinegro teve cinco atletas expulsos (inclusive Reinaldo) e acabou derrotado por W.O, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia.
Retratação nas redes
Após a repercussão, Reinaldo foi às redes sociais nesta terça-feira (21) para se retratar e reforçar seu vínculo com o Atlético. O ídolo afirmou que, embora tenha considerado propostas ao longo da carreira, vestir a camisa do Galo foi o maior orgulho de sua vida esportiva.
“Como profissional, tive a chance de considerar diferentes caminhos, mas a minha maior glória, o meu verdadeiro tesouro, foi ter defendido as cores do Galo. Sentir o pulsar da Massa e fazer parte da rica tradição atleticana é algo que carrego com um orgulho imenso”, escreveu.
Com 255 gols em 475 jogos, Reinaldo é o maior artilheiro da história do Atlético e símbolo de uma das gerações mais marcantes do clube.
Leia o depoimento completo de Reinaldo
“Um jogador profissional, ao longo de sua trajetória, pondera diversas questões ao fazer suas escolhas: o desafio esportivo, a estrutura oferecida pelo clube, a convivência com os companheiros e, claro, o reconhecimento financeiro (que, na minha época, estava longe dos valores atuais). É natural considerar oportunidades.
No entanto, existe um privilégio raro e um tipo de honra que transcende todas essas análises: a de vestir a camisa do clube do coração, criando uma identificação tão profunda que se torna parte da própria essência.
Como profissional, tive a chance de considerar diferentes caminhos, mas a minha maior glória, o meu verdadeiro tesouro, foi ter defendido as cores do Galo. Sentir o pulsar da Massa, construir uma história em campo com essa torcida e fazer parte da rica tradição atleticana é algo que carrego com um orgulho imenso, um laço inquebrável que nenhuma outra oportunidade poderia replicar.”