Em 4 de março de 2008, dia em que o técnico Geninho fazia os últimos ajustes no Atlético para enfrentar o Cruzeiro, em duelo da sétima rodada do Campeonato Mineiro, nascia em Belo Horizonte um menino que, 17 anos depois, seria acionado por Cuca para se juntar ao elenco principal e suprir carência no sistema defensivo. Vitor Fernandes, o Vitão, vê o que era sonho se tornar realidade.
Um dos destaques das categorias de base do Alvinegro, o zagueiro de 1,94m de altura foi relacionado pela primeira vez no “time de cima” e estará no banco de reservas na partida contra o São Paulo. Mineiros e paulistas se enfrentam no próximo domingo (24), no Morumbis, pela 21ª rodada do Brasileirão.
Apaixonado pelo Atlético antes mesmo de dar os primeiros passos e presente nos estádios desde os nove meses de vida, Vitão chegou ao clube em 19 de fevereiro de 2020, por convite do ex-volante Edgard. Naquele momento, passou a defender a equipe Sub-12.
Em 2013, quando tinha apenas cinco anos, ele esteve no Marrocos para ver de perto Ronaldinho Gaúcho e companhia em ação, na disputa do Mundial de Clubes. Na viagem, uma das dezenas que já fez para acompanhar o Galo, estava na companhia do pai, Alexandre, da mãe, Cristiane, e da irmã, Júlia.
Vitão esteve no Marrocos em 2013, para ver o Atlético disputar o Mundial de Clubes
Mais sobre Vitão
Formado no futsal do Minas Tênis Clube, onde iniciou aos cinco anos, Vitor Fernandes também treinou campo no Pitangui e no Sintetic Ball. Aos 10 anos, fez o primeiro teste no Galo, para o Sub-10. Como o clube ainda estava montando a categoria, ele acabou não ficando. O destino? Defender o rival Cruzeiro.
Na Raposa, o zagueiro fez teste e acabou aprovado logo no primeiro treinamento. Por lá, ficou dos 10 aos 12 anos. Num campeonato disputado na Toca 1, chamou a atenção de Edgard, ex-jogador e então observador do Atlético. Convidado para assinar contrato de formação com o Alvinegro, não pensou duas vezes.
Vitão ao lado da irmã Júlia, do pai, Alexandre, e da mãe, Cristiane
Emoção da família
Para os familiares, este momento é único. Sempre presente na vida do irmão, e o acompanhando nos jogos pelo Atlético e também pela Seleção Brasileira, Júlia Fernandes não esconde a emoção em vê-lo realizar sonho de chegar à equipe principal do time de coração.
“Meu irmão, desde novinho, sempre jogava bola. Ele cabeceava bola no quarto, com quatro aninhos. São cinco anos no Galo. A trajetória sempre foi de muito treino e dedicação. A gente sempre o acompanhou. Vê-lo ser convocado pela primeira vez para o time profissional, nos emociona. É o que nós sempre sonhamos”, contou à Itatiaia.