Presidente do
“Hoje, você só tem uma equipe que representa o Nordeste no futebol [na Série A]. O Vitória é a única equipe que representa hoje o futebol nordestino. Porque o outro [Bahia] é da Inglaterra. Não é nordestino”, disse, se referindo ao investimento do Grupo City, da Inglaterra, no Esquadrão de Aço.
Mota relembrou que, no início de 2025, houve celebração pelo fato de que o futebol do Nordeste teria cinco representantes - maior número da história - no Brasileirão. No entanto, Sport, Ceará e Fortaleza foram rebaixados, e apenas Bahia e Vitória permaneceram na elite do futebol nacional.
Para o presidente rubro-negro, o mau desempenho desses clubes na Série A se dá especialmente pela falta de investimento e pelas longas distâncias que precisam ser percorridas em viagens ao longo do campeonato.
“Fazer futebol no Nordeste não é fácil. A logística é muito difícil. Você teria que ter voo fretado e não consegue fretar. Cada voo custa R$ 1 milhão. Se você for fretar 19 voos, são R$ 19 milhões. Quando você vai para o Rio Grande do Sul, leva o dia inteiro viajando. Na volta, a mesma coisa. Para você ir para Chapecó-SC, Belém. O Nordeste, por estar longe do eixo Sul lá todo, Rio-São Paulo, Minas Gerais e tal, as viagens são longas, o tempo de recuperação é mais difícil”, avaliou.
“E também por uma coisa simples: a renda per capta do Brasil, em grana, está lá, não aqui. As maiores folhas estão lá, os maiores investimentos estão lá. Esses são problemas”, completou.
Vitória e Bahia na Série A
Em 2025, o Vitória brigou até a última rodada contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O time rubro-negro terminou a competição com 45 pontos conquistados em 38 rodadas - apenas dois a mais que o Ceará, que abriu a zona de rebaixamento.
Já o Bahia fez campanha sólida e ficou na sétima posição, com 60 pontos. O resultado garantiu ao Tricolor vaga na Pré-Libertadores do ano que vem.