Ex-zagueiro de Atlético e Corinthians, com passagem pela
Leandro Castán subiu para o profissional do Atlético em 2005, ano em que o time foi rebaixado para a
“O time estava indo mal, eles começaram a colocar a molecada. Sobe eu, sobe o Diego, sobe o Bruno. Tinha uma rivalidade muito grande (entre Bruno e Diego Alves). O Bruno foi para o Corinthians, e o Diego começa a jogar no Atlético, daí é campeão, vai para a Espanha”, relembrou Castán.
Em seguida, o ex-zagueiro destacou uma lição que levou do caso envolvendo Bruno.
“A gente cresceu junto ali. Uma coisa que eu levo de aprendizado dessa situação é que as companhias. O que a gente tem na infância e adolescência, se chega um momento da vida em que se as coisas não se endireitam, você precisa deixar essas amizades. Chega uma hora que o atleta precisa virar homem e ser uma pessoa de caráter”, afirmou.
Bruno foi condenado a 22 anos de prisão em 2013 pelo assassinato de Eliza Samudio, mãe de seu filho Bruno Samudio, chamado de Bruninho. Ele passou a cumprir pena em regime semiaberto em 2018 e, desde janeiro de 2023, está em liberdade condicional.
Torcida por Bruninho
Criado pela avó materna, Sônia Moura, em Campo Grande, no Mato Grosso, Bruninho iniciou sua trajetória esportiva no futsal aos nove anos. Três anos depois, passou a defender as categorias de base do Athletico-PR como goleiro. Em junho de 2024, porém, o clube decidiu dispensá-lo alegando problemas de comportamento. Logo após deixar a equipe paranaense, o jovem foi incorporado ao elenco Sub-14 do Botafogo.
Mesmo em um ano de mudanças, Bruninho se destacou. Ele recebeu convocações para a Seleção Brasileira Sub-15 e teve desempenho sólido nas competições internacionais e nacionais. O momento de maior destaque ocorreu em outubro, no Paraguai, quando o Brasil conquistou pela primeira vez a Liga Evolução Sub-15. Na final contra a Argentina, após empate por 2 a 2 no tempo regulamentar, a equipe venceu por 5 a 4 nos pênaltis. Bruninho defendeu uma das cobranças e teve atuação segura durante toda a partida.
“Eu vi uns lances dele e é igualzinho o pai, até o estilo de jogo, o jeito. É igual, a postura em campo, as características, é surreal”, comentou Leandro Castán.
Ao ser questionado sobre o histórico familiar do jovem goleiro, Castán foi direto: “Ele é o que menos tem culpa nisso tudo. Torço muito para que ele consiga se firmar e alcançar o sucesso na carreira”.
