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Grupo da Fifa que inspeciona Copa Feminina estará no Recife após ataque ao Fortaleza

Delegados da entidade visitam o Brasil, que é candidato a receber o torneio em 2027; segurança é um dos pontos que gera nota no relatório que será elaborado

Arena de Pernambuco é o estádio indicado no Estado para receber jogos da Copa Feminina de 2027

Os delegados da Fifa que estão no Brasil para inspecionar o país e produzir um relatório sobre a candidatura do país para ser sede da Copa Feminina de 2027 visitarão o Recife até esta sexta-feira (23). Será um dia depois de a delegação do Fortaleza sofrer um ataque de torcedores organizados do Sport, com bomba caseira e pedras, após o jogo (1 a 1) pela Copa do Nordeste.

A segurança do país-sede é um dos principais pontos analisados pela comitiva e gera nota que pode, se baixa, ser decisiva na hora de os filiados da Fifa decidirem o voto. A eleição ocorrerá no Congresso da entidade, em 17de maio na Tailândia, e o Brasil concorre com duas candidaturas conjuntas: Estados Unidos/México e Alemanha/Bélgica/Holanda.

A Itatiaia apurou que há receio na CBF de que o ataque seja citado no relatório e diminua a nota do país no quesito segurança. Recife foi uma das quatro cidades colocada no roteiro da primeira inspeção da comitiva, junto com Rio, Brasília e Salvador. Na capital federal houve um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quarta-feira (21), avaliado internamente como um sucesso.

O jogo do Fortaleza contra o Sport foi na Arena de Pernambuco, que fica em São Lourenço da Mata, na região metropolitana do Recife. O estádio é o indicado pelo Brasil a receber jogos da Copa Feminina no Estado. O trajeto que a delegação do Fortaleza fazia até o hotel é semelhante ao que as delegações terão que fazer durante o Mundial, caso o Brasil seja eleito.

O ataque

A delegação do Fortaleza desembarcou na manhã desta quinta-feira (22) no aeroporto Internacional Pinto Martins, na capital cearense, após o atentado sofrido durante a madrugada. O ônibus da delegação do Fortaleza foi atacado por bomba e pedras quando deixava a Arena de Pernambuco, na região metropolitana do Recife, e seguia pela BR até o hotel.

Os seis jogadores que se feririam e foram hospitalizados viajaram com a delegação. João Ricardo, Dudu, Titi, Lucas Sasha e Britez tiveram escoriações. O lateral Gonzalo Escobar levou uma pancada na cabeça. O CEO da SAF do Fortaleza, Marcelo Paz, disse que o clube não pretende voltar a campo enquanto esses atletas estiverem sem pode jogar, e enquanto os culpados pelo crime não forem identificados e presos.

No Hospital Português, no Recife, Gonzalo Escobar recebeu atendimentos na boca, cortada por cacos de vidro, além de ter sofrido um ferimento no supercílio. Por causa de uma pancada na cabeça, o defensor argentino passou por uma tomografia. Ele passa bem e está consciente.

A CBF soltou uma nota de repúdio, mas sem apresentar ideias do que pode fazer a respeito do caso.

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Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.