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Torcidas organizadas do Fortaleza são liberadas para voltar a jogos no Castelão

Banidas desde setembro, reunião com Ministério Público e Governo Estadual definiu ações que serão tomadas para o retorno

Vários torcedores foram detidos após a briga

Banidas dos estádios desde o fim de setembro, as duas principais torcidas organizadas do Fortaleza foram liberadas a retornar aos jogos na Arena Castelão, na capital cearense. O próximo compromisso do time em casa será no dia 18 de novembro, às 18h30 (de Brasília), contra o Cruzeiro, em jogo atrasado da 30ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.

Os membros da TUF (Torcida Unida do Fortaleza) e da Torcida Irmandade Tricolor poderão usar adereços das uniformizadas, além de pendurar faixas e levar instrumentos musicais. O acordo foi firmado entre representantes das torcidas e membros do Ministério Público do Ceará e do Governo do Ceará em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (9), na sede do MP.

Uma das condições colocadas para o retorno é que as uniformizadas promovam ações de conscientização contra a LGBTfobia e ações conjuntas de promoção de paz entre as agremiações. A partir do confronto contra o Botafogo, em 23 de novembro, o acesso só será permitido se as torcidas enviarem às autoridades dados completos de todos os associados, além de comprovante de regularização com a Receita Federal.

Por que a punição?

Mais de 30 torcedores do Fortaleza foram detidos pela Polícia Militar de São Paulo, em 26 de setembro, após brigarem no setor reservado ao visitante na Neo Química Arena antes do jogo contra o Corinthians válido pela semifinal da Copa Sul-Americana. Todos foram liberados no mesmo dia após assinarem termos de conduta, documento que baseou o MP cearense para a punição socioeducativa aplicada.

As cenas da pancadaria viralizaram nas redes sociais. A briga foi entre duas facções inimigas, a TUF e a antiga Jovem Garra Tricolor. Há uma rivalidade antiga entre as duas organizadas, que nos jogos da Arena Castelão ficam distantes, justamente para evitar confusões.

O primeiro confronto ocorreu mais de uma hora antes da partida, e chamou a atenção dos corintianos que já haviam entrado na arena. A segunda foi com a bola rolando, e houve intervenção da Polícia Militar de São Paulo.

Em 30 de setembro, a diretoria do Fortaleza informou que rompia com essas duas agremiações. Um dia antes, durante uma reunião na sede do clube para tentar a paz após a briga em São Paulo, houve novo confronto entre integrantes das duas torcidas.

Em nota, o clube divulgou algumas medidas que seriam tomadas em relação aos infratores:

  • banimento dos identificados dos jogos do Fortaleza;

  • suspensão da venda de ingressos nas sedes das organizadas, do licenciamento de produtos e quaisquer apoios logísticos ou estruturais para as referidas denominações de torcedores;

  • expulsão dos infratores do quadro de sócio-torcedor, caso seja associado ao clube;

  • proibição do uso da marca “Fortaleza Esporte Clube” e símbolos oficiais do clube por parte das torcidas TUF e JGT, sob pena de multa.

Além disso, o Fortaleza também não reconheceria a existência institucional das duas organizadas.

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.

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