Conhecido por não ter um time-base, e mexer muito na escalação entre os jogos, o técnico do Fortaleza, Juan Pablo Vojvoda, parece ter encontrado a formação ideal. Nas seis últimas partidas, Vojvoda repetiu o que hoje podemos chamar de titulares por quatro vezes.
E é este o time que deve entrar em campo nesta terça-feira (26) contra o Corinthians, às 21h30 (de Brasília), na Neo Química Arena, em São Paulo, no jogo de ida da semifinal da Copa Sul-Americana. A volta será na semana que vem, dia 3, também terça, na Arena Castelão, às 21h30 (de Brasília):
João Ricardo; Tinga, Titi, Brítez e Bruno Pacheco; Caio Alexandre, Zé Welison e Pochettino; Marinho, Lucero e Guilherme.
Nos dois jogos em que este time não foi usado recentemente, em um, contra o Fluminense, Marinho estava suspenso pelo acúmulo dos três cartões amarelos e atuou Yago Pikachu. O outro, contra o Coritiba, foi entre os encontros contra o América, pelas quartas de final da Sul-Americana, e Vojvoda optou por poupar alguns jogadores por preservação física.
A base do setor defensivo foi formada há mais tempo, desde o meio da temporada, ao menos. Do meio para frente, Caio Alexandre sempre foi homem de confiança de Vojvoda, e é um dos melhores jogadores do time na temporada. Mas Zé Welison ganhou espaço com boas atuações.
Pocettino se firmou como meia armador, e Lucero, o centroavante, é o artilheiro do time no ano, com 20 gols. Marinho foi contratado em junho do Flamengo, chegou a ir para o banco, foi criticado pelos torcedores, mas o gol de falta contra o Libertad, no início de agosto, que garantiu a vaga nas quartas da Sul-Americana, o alçou a posto de titular sem contestação.
Mas a grande surpresa nesses onze é Guilherme. Jogador sempre usado como opção a Moisés, depois da venda do atacante para o Cruz Azul, do México, em maio, a direção do Leão foi ao mercado atrás do substituto, e sem economizar. Gastou mais de R$ 14 milhões para comprar o argentino Imanol Machuca, do Unión, de Santa Fé, na Argentina, na maior contratação da história do futebol cearense.
Machuca chegou com status de titular, foi usado assim, mas uma pequena lesão o tirou do time, dando espaço a Guilherme. O jogador não a perdeu: deu assistência a Zé Welison na vitória sobre o Libertad no Paraguai, e fez dois dos três gols contra o América, em BH, na ida das quartas da Sul-Americana. Em campo, ganhou a vaga.