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Filipe Luís exalta ‘sacrifício’ de Gerson e explica Pedro no banco do Flamengo

Após vitória sobre a LDU, treinador rubro-negra justifica ausência do camisa 9 entre os titulares

Filipe Luís durante partida do Flamengo no Maracanã

Na vitória por 2 a 0 sobre a LDU-EQU, no Maracanã nesta quinta (15), o Flamengo não teve Pedro entre os titulares. A ausência do camisa 9 foi uma surpresa na escalação de Filipe Luís, que explicou a opção. De acordo com o treinador, o centroavante ainda não está na condição física ideal para “entregar ao time o que o modelo de jogo exige”.

“O Pedro fez um grande jogo contra o Corinthians. Para mim, existe uma coisa que é a alta médica, e o Pedro está liberado para jogar. Mas não existe mágica. Jogar a cada três dias, estar no nível dos companheiros, isso é outra história. O Pedro não está no nível físico dos companheiros. Sou quem mais quero colocar o Pedro. Desejo que chegue em sua forma física ideal para jogar com o modelo de jogo que eu peço. Para jogar dessa forma, precisamos de todos 100%. O Pedro não está 100%. A gente nota”, iniciou o técnico.

“Depende dele, cada dia treinar, aproveitar cada minuto, para estar no nível dos companheiros e ter mais minutos. Sei que ele é o melhor. Assim que estiver no mesmo físico de todos, vai estar no campo. Todos sabem da qualidade do Pedro. Depende dele recuperar a forma física e estar disponível para a equipe”, concluiu Filipe Luís.

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Com Pedro no banco de reservas, Filipe Luís escalou o Flamengo com Michael e Bruno Henrique no ataque. Sem Allan e Pulgar, o técnico optou por uma formação mais ofensiva.

Gerson foi recuado para atuar como volante, ao lado de Nicolás De La Cruz, e Luiz Araújo entrou na equipe ao lado de Arrascaeta. Após o jogo, Filipe Luís elogiou o “sacrifício” do camisa 8.

“O Gerson é um cara que se sacrifica muito pela equipe. Mesmo nos jogos que vocês podem ter visto ele abaixo, como na altitude contra a LDU, foi o jogador que mais correu. Pressiona o zagueiro e volta para ajudar o Wesley. Se sacrifica pela equipe, nos dá uma possibilidade de ganhar o meio-campo de forma qualitativa. Como meia ou volante, é muito importante”, afirmou.

“Com os desfalques que tivemos, jogou como volante, fazia tempo que não jogava ali, desde o Carioca, mas sei que posso contar em qualquer posição. Como treinam juntos, têm as dinâmicas, se sentem bem e performam. Hoje, o jogo do Gerson, o sacrifício do Gerson, foi recompensado e merece ser elogiado”, concluiu Filipe Luís.

A situação da chave

Após a quinta rodada, o Central Córdoba lidera a chave com 11 pontos, seguido por Flamengo e LDU, com oito pontos. O saldo de gols dos cariocas é superior ao dos equatorianos: 2 a 1.

Em tese, o Flamengo tem o confronto mais acessível: recebe o lanterna Deportivo Táchira. O time venezuelano perdeu os cinco jogos e não tem mais pretensões no torneio.

Uma vitória simples no Maracanã garantirá a classificação ao time de Filipe Luís, independentemente do resultado do confronto entre equatorianos e argentinos.

LDU e Central Córdoba se enfrentam no Estádio Casa Blanca, em Quito, no Equador. Os jogos acontecem simultaneamente, às 21h30 (de Brasília) do dia 28 de maio. Confira a tabela!

Confira, abaxo, mais respostas de Filipe Luís, técnico do Flamengo:

Arrascaeta e Pedro podem jogar juntos?
“Se podem jogar juntos, obviamente podem. Jogaram juntos em 2022, fomos campeões, com o Gabi na equipe. Jogaram juntos esses jogos. O que temos que ver é como o Arracaeta está correndo, como o Arrascaeta está na melhor forma dos últimos cinco, seis anos. O Pedro precisa chegar nessa forma. Quando chegar ao ideal, ao seu 100%, dará ao time o que o time precisa. Só precisamos que esteja no mesmo nível físico dos companheiros.”

Condição de Gonzalo Plata
“O Plata teve um gesto estranho no joelho, um edema ósseo, e teve muita dor na primeira semana. Viajou e não conseguiu jogar com a LDU, a dor melhorou toda, teve minutos contra o Botafogo-PB. Foi espetacular, mas voltou a ter dor. O joelho é um tema delicado, que pode perdurar para a vida, e está com dor. Não está conseguindo performar. Está frustrado, é um cara que ama treinar, feliz, alegre, e hoje vemos que está triste na maca. Precisamos que se recupere o antes possível.”

Rodrigo Caio como auxiliar técnico
“Primeiro, agradecer o Alegria, que começou comigo no Sub-17, me acompanhou em toda trajetória. Me ajudou muito, mas entendia que precisava de uma mudança. Comentei com o Boto, e por um perfil diferente. Como vocês imaginam, conversamos todos dias horas e horas sobre tudo. Nos ajudamos muito e ele me deu a opinião e alguns nomes para completar essa vaga. Quando ouvi o nome do Rodrigo, aprovei na hora pois conheço a pessoa, o caráter e o profissional que pode ser. Tem muito a aprender e veio para somar. Estamos felizes com sua chegada. Os jogadores o respeitam muito. Está ajudando na bola parada junto com o Marcinho e nossos analistas. Todas jogadas de bola parada foram preparadas e treinadas. Não é porque mudamos que fizemos o gol. Sentia que precisávamos dessa troca.”

Gerson mais atrás e Luiz Araújo na direita
“Sempre penso em escolher os melhores para um plano de jogo que possa machucar o adversário. O Luiz tem uma coisa que é muito boa: tem gol. Tem assistência. Gera perigo perto da área. Nos dá outras coisas com suas características. Não duvidei de colocar o Luiz Araújo. Contra o Bahia, o que fez foi impressionante. Fiquei orgulhoso. O futebol devolve. Um cara que treina todo dia como ele, que quer melhorar e evoluir, o futebol devolve. Mais uma grande atuação. O Luiz sempre será uma peça que posso começar ou colocar no segundo tempo. O campo fala.”

Momento de Michael e vaias da torcida
“Penso em uma frase que define: ninguém é mais importante do que a equipe. Todos precisam se sacrificar, e a equipe fica mais perto da vitória. O Michael, o Bruno Henrique, o próprio Arrascaeta, os jogadores não deixaram a LDU jogar. Não conseguiram passar do meio-campo. E é um time que joga. O Michael é um jogador que dá tudo que tem pela equipe. Sempre escutei os torcedores pedindo “raça”, e ele (Michael) tem isso. Começou o jogo muito bem, mas nas primeiras decisões, a torcida espera e pega no pé. Ficou mais nervoso, mas não podemos esquecer o que o lateral da LDU sofreu com o Michael. Machucou muito aquele lado deles. Falta o terço final? Sim. Mas ele sabe, treina todo dia. Quando a bola entrar, ele tem isso. Em 2021, fez 12 gols, se não me engano. Tenho que tentar ajudar a ele recuperar isso. É um jogador que deixa tudo pelo Flamengo.”

Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.