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Time do Flamengo reage ao indiciamento de Bruno Henrique: ‘Questão profunda’

Allan e Danilo comentam situação vivida pelo atacante, que foi indiciado pela Polícia Federal, nesta semana, por suposta fraude em competição esportiva

Na terça-feira (15), a Policia Federal indiciou Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta fraude em competição esportiva. O clube manteve o atleta integrado ao elenco profissional e, após a vitória sobre o Juventude no Maracanã, os companheiros de BH27 falaram pela primeira vez sobre o caso.

Um dos atletas mais experientes do grupo, Danilo explicou como o elenco deve apoiar Bruno Henrique no dia a dia e pediu uma visão mais ampla do problema no meio esportivo.

“Não está na nossa alçada julgar. Está (na nossa alçada) dar suporte, carinho ao Bruno, merece por ser um cara muito bacana, extremamente profissional e respeitador. A questão é muito mais profunda, temos que olhar para essa situação como oportunidade para os clubes e federações comecem a se unir, conscientizar e educar os atletas desde a juventude, passando pelo profissional. Entender que o atleta não só joga futebol, é espelho de um montão de coisas que acontece. Não nos cabe julgar, que possamos dar carinho ao Bruno e espero que as coisas se resolvam pelo melhor”, afirmou Danilo, que reforçou o Flamengo nesta temporada.

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O volante Allan reforçou o discurso e a torcida pelo “desfecho positivo” do caso de Bruno Henrique, uma referência para o elenco atual.

“A gente não comenta isso. É parte da diretoria. O BH é um cara muito querido por todos nós, dentro do vestiário dispensa comentários. É um ídolo para nós, representa muito. A gente torce que se desenrole de forma positiva para ele e para nós”, afirmou Allan.

Quem também falou sobre o caso após a vitória no Maracanã foi o técnico Filipe Luís, que colocou Bruno Henrique em campo nos minutos finais da partida. O treinador defendeu a presunção de inocência e o direito de defesa do atleta, que foi seu companheiro entre 2019 e 2023. Leia, na íntegra, o depoimento de Filipe Luís.

Bruno Henrique indiciado pela Polícia Federal

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi indiciado pela Polícia Federal (PF), na última segunda-feira (14), por suposta fraude em competição esportiva. Além do jogador, outras dez pessoas são alvo de investigação. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.

O jogador teria oferecido informações privilegiadas a parentes e pessoas próximas sobre o recebimento de cartão amarelo na partida entre Flamengo e Santos, em novembro de 2023, pelo Campeonato Brasileiro.

Segundo o site, investigadores acharam mensagens comprometedoras no celular de Wander Nunes Pinto Júnior, irmão do jogador. O aparelho foi apreendido pelos agentes.

Ao todo, 3.989 conversas foram analisadas no Whatsapp de Bruno Henrique. Veja aqui as mensagens trocadas entre o jogador e seu irmão.

Quem é Wander, irmão de Bruno Henrique

Assim como o craque do Flamengo, Wander é destaque dentro de campo.

Seu brilho, porém, é no futebol amador. Wander é conhecido como Juninho Neymar, e é um atacante de destaque da várzea de Belo Horizonte e de Minas Gerais.

O atleta acumula títulos pelo estado e é um dos mais valorizados do cenário amador.

Entenda o caso

As investigações começaram em agosto de 2024, quando operadores de apostas apresentaram movimentações suspeitas acerca do cartão recebido por Bruno Henrique contra o Santos, em 2023.

Segundo apuração da Itatiaia, três bets (KTO, Betano e Bet da Galera) emitiram alerta de aposta atípica por contas recém criadas minutos antes da partida.

No dia 5 de novembro de 2024, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, em Vespasiano, em Lagoa Santa e em Ribeirão das Neves. A operação foi chamada de Spot-Fixing, uma expressão inglesa que faz alusão à manipulação de uma situação específica de um jogo.

O Flamengo decidiu não afastar o jogador durante as investigações.

Em entrevista ao Sportv após o título do Flamengo na Copa do Brasil, dia 10 de novembro do ano passado, Bruno Henrique garantiu ser inocente e disse estar tranquilo.

“Sim (sou inocente). Recebi (a operação) de uma forma agressiva. Não esperava da forma que foi, mas eu acredito na justiça lá de cima. Deus é um cara que sempre sabe. A minha vida, a minha trajetória, desde quando eu comecei a jogar futebol. Deus sempre foi comigo. E, cara, eu estou tranquilo em relação a isso”, disse BH.

Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.