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Alerta de bets e apostas atípicas: por que Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo da PF

Atacante teria sido expulso de forma intencional contra o Santos, no Mané Garrincha, em Brasília, pelo Campeonato Brasileiro de 2023

Casas de apostas esportivas fizeram alertas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre jogos em que cartões foram aplicados ao atacante Bruno Henrique. O jogador do Flamengo é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) por uma expulsão na derrota para o Santos, no Mané Garrincha, em Brasília, em confronto válido pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado.

Segundo apuração da Itatiaia, três bets (KTO, Betano e Bet da Galera) emitiram alerta de aposta atípica por contas recém criadas minutos antes da partida. Naquele dia, diversos familiares de Bruno Henrique fizeram apostas que o atleta receberia algum tipo de cartão no jogo.

Ao todo, na manhã desta terça-feira (5), foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, em Vespasiano, em Lagoa Santa e em Ribeirão das Neves. A operação foi chamada de Spot-Fixing, uma expressão inglesa que faz alusão à manipulação de uma situação específica de um jogo.

Os mandados foram efetivados na casa de todos os investigados, incluindo a casa de Bruno Henrique, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O Gaeco e a PF também realizam a operação na sede das empresas DR3 – CONSULTORIA ESPORTIVA LTDA e da BH27 OFICIAL LTDA, em Lagoa Santa, e no quarto de Bruno Henrique no Ninho do Urubu, CT do Flamengo.

De acordo com apuração da Itatiaia, além do atacante do Flamengo, também são alvos da operação: Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno Henrique; Ludymilla Araujo Lima, cunhada dele; Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do jogador; o casal Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Rafaela Cristina; e Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, todos residentes da capital mineira.

Operação da PF

A PF teria provas de que Bruno Henrique foi expulso contra o Santos de forma intencional. Aos 49 minutos do segundo tempo, o jogador do Rubro-Negro recebeu um cartão amarelo por fazer uma falta em Soteldo, atacante do Santos. Logo depois, o camisa 27 recebeu o vermelho por ofender o árbitro Rafael Klein (Fifa-RS).

A investigação aponta que familiares de Bruno Henrique estavam cientes dessa intenção do atleta e, por isso, fizeram apostas esportivas em relação aos cartões do próprio jogador antes do início da partida. Os citados criaram contas em casas de apostas virtual e realizaram palpites específicos sobre a punição do atacante do Rubro-Negro. O cenário foi igualmente identificado nas contas de outros seis investigados.

A Polícia Federal está no caso por ser um crime de repercussão interestadual e que exige repressão uniforme, nos termos da Lei 10.446/2010.

A Itatiaia entrou em contato com o representante do jogador e aguarda um posicionamento sobre o assunto.

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Leonardo Garcia Gimenez é repórter multimídia na Itatiaia. Natural de Arcos-MG e criado em Iguatama-MG. Passou também pela Record Minas.
Repórter da Rádio Itatiaia em Brasília atuando na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas Gerais, já teve passagens como repórter e apresentador pela Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor do prêmio CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio.
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