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Multicampeão pelo Cruzeiro lamenta perda do Mundial de 97: ‘Merecíamos ganhar’

Ricardinho, ex-volante do Cruzeiro, foi vice-campeão do Mundial de 1997, após derrota para o Borussia Dortmund-ALE

O atacante do Cruzeiro, Donizete (C), é derrubado pelo zagueiro do Borussia Dortmund durante o primeiro tempo da Copa Toyota, o campeonato intercontinental de clubes de futebol, em Tóquio

Recordista de títulos com a camisa do Cruzeiro, o ex-volante Ricardinho conquistou 15 troféus pelo clube celeste em duas passagens pelo clube, de 1994 a 2002, e 2007. Em sua galeria de taças, o ex-jogador teve a chance de colocar um título mundial, mas a equipe celeste foi derrotada pelo Borussia Dortmund, da Alemanha, no ano de 1997.

“O Mundial foi meio atípico, a gente não conseguiu apresentar o mesmo futebol que vinha na Libertadores. A gente ficou nesse período de uns seis meses para tentar preparar o time e não saiu como a gente planejava. A gente foi para o jogo, a gente não fez um mau jogo”, disse Ricardinho, em entrevista ao CruzeiroCast, podcast do canal oficial do Cruzeiro, no Youtube.

Depois de vencer a Copa Libertadores de 1997, o Cruzeiro ganhou o direito de disputar o título Mundial com o campeão europeu daquele ano. Na decisão com o Borussia Dortmund, o Cruzeiro perdeu por 2 a 0, em Tóquio. Os gols europeus foram marcados por Michael Zorc e Heiko Herrlich.

“Começamos muito bem, o time teve um volume de jogo até bom. Mas, igual falei, um jogo muito equiparado. Nos detalhes, tomamos o gol e não conseguimos fazer o nosso. Tivemos duas boas oportunidades no primeiro tempo, com Donizete Pantera e Palacios, que eram bolas de gol. Se a bola entra, mudava tudo, era tudo muito no detalhe”, explicou.

Apesar do tropeço, Ricardinho afirmou que o time celeste merecia ter vencido a competição. A equipe desperdiçou algumas oportunidades importantes durante os 90 minutos.

“É difícil empatar, porque num jogo desses, se a gente faz aquele gol, certamente o Cruzeiro ganharia esse campeonato também. É questão de oportunidade e momento, você tem que estar bem focado, e não deu muito certo ali. Pena, né. O Cruzeiro nesse período merecia ganhar o Mundial”, afirmou.

A diretoria do Cruzeiro à época fez quatro contratações para a disputa da final do Mundial: os atacantes Bebeto e Donizete Pantera, o zagueiro Gonçalves e o lateral-direito Alberto. Desses, apenas o ala não entrou em campo na partida contra os alemães.

“Teve esse desajuste nas contratações, jogadores importantes que saíram, isso gerou um pouquinho de atrito, mas fizemos até um bom jogo. Infelizmente acontece, não dá pra ganhar todas”, avaliou Ricardinho.

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Guilherme Piu é jornalista esportivo com experiência multiplataforma: digital, revista, rádio e TV. Tem dois livros publicados e foi premiado em festivais de cinema no Brasil e no exterior, dentre eles o Cinefoot. Cobriu grandes eventos, como Copa do Mundo, Olimpíada, Copa América e torneios de futebol. Passou por Hoje em Dia, Uol e Revista Placar.