Um dos sete reforços contratados pelo Cruzeiro para a sequência da temporada 2024, o volante paraguaio Fabrizio Peralta, de 21 anos, é aguardado em Belo Horizonte para os trâmites finais do acerto contratual com a equipe celeste. Enquanto não chega ao Brasil, o meio-campista, comprado junto ao Cerro Porteño-PAR, segue sendo elogiado.
Vinícius Eutrópio, treinador que recentemente trabalhou no Tacuary, do Paraguai, conheceu Peralta neste ano no Campeonato Paraguaio.
“Muito bom jogador, com qualidade. Faz a transição (ofensiva) muito bem feita, finaliza bem. Tem muita qualidade”, destacou Vinícius Eutrópio, em entrevista à Itatiaia.
Eutrópio chegou ao Tacuary no ano passado, quando o clube estava na última posição do Campeonato Paraguaio. O treinador comandou uma reação impressionante na competição, livrando a equipe do rebaixamento.
No segundo turno, o Tacuary fez 29 pontos, saindo da última para a quinta colocação. Nos últimos seis jogos do Campeonato Paraguaio, o time somou quatro vitórias e dois empates. Um desses resultados foi a vitória sobre o campeão Libertad, na última rodada, na casa do adversário, depois de 18 anos.
No comando do Tacuary, Vinícius Eutrópio enfrentou Fabrizio Peralta duas vezes no Paraguai. O treinador fez elogios aos jogadores do Cerro Porteño e à formação de atletas no país vizinho.
“Jogamos duas vezes (contra o Cerro Porteño de Peralta). O Cerro tem bons jogadores, bons meio-campistas, uma escola boa de futebol, mesmo de formação. Certeza que o Cruzeiro contratou um bom jogador. O perfil do jogador paraguaio é interessante, porque a gente busca na cultura paraguaia. O jogador trabalha muito volume, muita intensidade, são muito exigidos sobre muitos aspectos. Quando ele chegar ao Brasil, ele estará preparado para a exigência dos treinamentos”, garantiu, falando sobre o que pode ser uma dificuldade para adaptação do atleta.
“O que ele sentirá dificuldade são as viagens longas. Lá você faz duas viagens. Tudo bem que o Cerro tem a Libertadores, mas no Campeonato Paraguaio você viaja duas vezes, cinco horas, você faz de ônibus. No Brasil as distâncias são absurdas. Nada que esses jogadores não se adaptem, porque eles estão acostumados. É um perfil de jogador interessante o atleta paraguaio”, finalizou Eutrópio, que deixou o Tacuary em março deste ano.