O atacante Marcelo Moreno retornou ao Cruzeiro
“São 20 anos, muita coisa. Passa um filme bem rápido. Foram vários momentos importantes na minha carreira, não sei nem por onde começar. É uma decisão muito difícil, não é assim que a gente decide deixar de jogar futebol”, iniciou, demonstrando emoção e forte sentimentalismo.
Revelado pelo Oriente Petrolero, da Bolívia em 2003, Marcelo Moreno fez do futebol à sua vida. O esporte deu melhores condições financeiras para toda a família do jogador e proporcionou muita alegria ao próprio atleta em relação aos títulos conquistados.
“O trabalho que me deu uma condição melhor, deu meu prato de comida. Sempre fui um apaixonado pelo futebol, continuo sendo, sempre me entreguei e me doei pelo futebol”, comentou.
Perda do pai
Apesar do lado positivo que o futebol proporcionou para Marcelo Moreno, o centroavante revelou o que para ele foi uma forte pancada na vida. A perda do pai, Mauro Martins, que faleceu aos 72 anos, no dia 11 de abril de 2022.
Moreno era muito ligado ao pai. Por isso, o jogador confidenciou que a morte de Mauro Martins mudou os planos do atacante no futebol.
“A vida para todo mundo é difícil, perdemos pessoas importantes, e eu perdi. Perdi meu pai, o cara que me ensinou tudo. Ele deixou um legado no meu coração. Simplesmente, não consigo mais jogar sem ele. A vida nos ensina a sermos fortes. Tomei esse golpe e estou tentando me levantar”, contou, muito emocionado.
Mauro Martins nasceu em São Paulo e no decorrer da vida mudou para a Bolívia, onde se casou e criou os filhos, dentre esses, o atacante Marcelo Moreno.
“Foi uma decisão muito difícil (definir pela aposentadoria). Passaram os meses e eu não estava conseguindo. Se eu não estou 100% para entregar o melhor do meu futebol para o torcedor que paga o ingresso”, explicou.
Família apoiou?
A decisão pela aposentadoria não foi difícil apenas para Marcelo Moreno. O camisa 9 revelou que a família também mostrou dificuldade em entender a vontade do jogador.
“Foi uma coisa única, de coração mesmo, de falar com a minha família que eu ia parar. Ninguém quer aceitar, mas no meu coração eu já aceitei. Sei que é a decisão certa. Tenho uma carreira maravilhosa que segue e vou continuar fazendo com muita paixão o que eu quero”, falou.
“Não sei em qual função ainda, talvez como treinador, como diretor, dirigente, presidente, talvez como Ronaldo, vamos ver como será. Como jogador, tenho certeza que foi a decisão muito bem tomada há muito tempo atrás”, concluiu.
