Em busca da vitória no primeiro jogo pela semifinal do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro enfrentará o América no sábado (11), às 16h30, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Apesar de ter se classificado na liderança do Grupo C do Estadual, o time celeste foi criticado por parte da torcida pelo desempenho irregular na primeira fase da competição.
Para analisar o momento vivido pelos comandados de Paulo Pezzolano, a Itatiaia entrou em contato com ídolos do clube. Personagens importantes da história cruzeirense, Nonato, Nelinho e Ricardinho comentaram sobre o assunto.
Nonato
Considerado um dos maiores laterais-esquerdos do Cruzeiro, Nonato afirmou que a equipe poderia ter feito uma campanha melhor na fase de grupos do
“O rendimento do
À Itatiaia, Nonato também destacou a necessidade da diretoria buscar reforços no mercado para o Campeonato Brasileiro.
“Nas semifinais, espero que o rendimento seja melhor. A preocupação maior é com o Brasileirão. O clube precisa fazer contratações e reforçar o elenco para fazer um Brasileirão tranquilo e almejar ao menos uma Sul-Americana”, concluiu Nonato.
Pelo Cruzeiro, Nonato disputou 386 jogos e marcou 20 gols. Com a camisa celeste, levantou o Campeonato Mineiro (1992, 1994, 1996 e 1997), a Copa do Brasil (1993 e 1996), a Copa Libertadores (1997), a Supercopa da Libertadores (1991 e 1992), a Copa Ouro (1995), a Copa Master da Supercopa (1995) e a Copa dos Campeões Mineiros (1991).
Nelinho
Lateral icônico do clube, Nelinho ponderou que a Raposa não conseguiu se impor no Campeonato Mineiro. Segundo ele, esse tem sido um problema de grandes clubes do país.
“Dos jogos que vi, senti que falta uma coisa para o Brasileirão. O Cruzeiro teve muitas dificuldades de se impor em algumas partidas, principalmente pela qualidade dos jogadores e pela tradição. Isso foi por água abaixo, qualquer jogo é duro. E não é só o Cruzeiro, os grandes times têm passado por isso”, afirmou.
Adversário no sábado (11), o América foi elogiado por Nelinho. Na visão do ex-lateral, os comandados de Vagner Mancini são os que apresentam o melhor futebol no Mineiro.
“Entre os três grandes de Minas Gerais, embora todos estejam tendo dificuldades, vejo o América como o time mais certinho neste momento. Espero que o Cruzeiro tire proveito dos erros no Mineiro e conserte. Talvez, com os mesmos jogadores, mas o ideal é que chegassem novas peças de qualidade superior. Se tiver condições de trazer um craque, traz. Se não puder, com muito trabalho e dedicação”, complementou.
Com 105 gols em 427 partidas pelo Cruzeiro, Nelinho foi tetracampeão mineiro (1973, 1974, 1975 e 1977), bicampeão da Taça Minas Gerais (1973 e 1982) e campeão da Copa Libertadores (1976).
Ricardinho
Recordista de títulos conquistados pela Raposa, com 15 troféus, Ricardinho ressaltou a quantidade de reforços para a temporada como ponto natural para a oscilação do time.
“O Cruzeiro está em formação novamente. Após o título da Série B, está montando uma nova equipe e o rendimento não é o que o torcedor espera, mas fez um bom jogo contra o Atlético. Espero que, agora, nas finais, o Cruzeiro possa crescer bastante. Mas é natural, pois muitos jogadores ainda não tinham colocado no peito uma camisa tão pesada”, enfatizou.
À reportagem, Ricardinho também destacou o trabalho de Paulo Pezzolano e da comissão técnica, que precisa se adaptar com a chegada de muitas peças em 2023.
“Para o treinador também é muito difícil, porque chega jogadores de diferentes times e tem que dar liga rapidamente. O Cruzeiro está em formação. Vou torcer bastante para que possa melhorar o mais rápido possível e fazer um bom Campeonato Brasileiro”, concluiu.
Em 441 confrontos pelo Cruzeiro, o ex-volante balançou as redes 46 vezes. Ele faturou o Campeonato Mineiro (1994, 1996, 1997 e 1998), a Copa do Brasil (1996 e 2000), a Copa Sul-Minas (2001 e 2002), a Copa Libertadores (1997), a Recopa Sul-Americana (1998), a Copa Ouro (1995), a Copa Master da Supercopa (1995), a Copa Centro-Oeste (1999), o Supercampeonato Mineiro (2002) e a Copa dos Campeões Mineiros (1999).