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Ídolos do Cruzeiro analisam desempenho do time no Mineiro: confira

Nonato, Nelinho e Ricardinho comentaram sobre as atuações do Cruzeiro no Estadual; no sábado (11), time enfrentará o América pela semifinal

Cruzeiro de Pezzolano foi analisado por ídolos do clube: confira

Em busca da vitória no primeiro jogo pela semifinal do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro enfrentará o América no sábado (11), às 16h30, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Apesar de ter se classificado na liderança do Grupo C do Estadual, o time celeste foi criticado por parte da torcida pelo desempenho irregular na primeira fase da competição.

Para analisar o momento vivido pelos comandados de Paulo Pezzolano, a Itatiaia entrou em contato com ídolos do clube. Personagens importantes da história cruzeirense, Nonato, Nelinho e Ricardinho comentaram sobre o assunto.

Nonato

Considerado um dos maiores laterais-esquerdos do Cruzeiro, Nonato afirmou que a equipe poderia ter feito uma campanha melhor na fase de grupos do Mineiro. Contudo, o ex-jogador ressaltou o processo de reconstrução como causa do rendimento inconstante.

“O rendimento do Cruzeiro foi abaixo da média. Conseguiu perder e empatar jogos em casa e se classificou dependendo dos outros. Eu esperava um desempenho melhor, mas temos que entender que houve uma reformulação grande. Foram mais de 15 jogadores embora. Até pegar entrosamento, demora um pouco”, disse.

À Itatiaia, Nonato também destacou a necessidade da diretoria buscar reforços no mercado para o Campeonato Brasileiro.

“Nas semifinais, espero que o rendimento seja melhor. A preocupação maior é com o Brasileirão. O clube precisa fazer contratações e reforçar o elenco para fazer um Brasileirão tranquilo e almejar ao menos uma Sul-Americana”, concluiu Nonato.

Pelo Cruzeiro, Nonato disputou 386 jogos e marcou 20 gols. Com a camisa celeste, levantou o Campeonato Mineiro (1992, 1994, 1996 e 1997), a Copa do Brasil (1993 e 1996), a Copa Libertadores (1997), a Supercopa da Libertadores (1991 e 1992), a Copa Ouro (1995), a Copa Master da Supercopa (1995) e a Copa dos Campeões Mineiros (1991).

Nelinho

Lateral icônico do clube, Nelinho ponderou que a Raposa não conseguiu se impor no Campeonato Mineiro. Segundo ele, esse tem sido um problema de grandes clubes do país.

“Dos jogos que vi, senti que falta uma coisa para o Brasileirão. O Cruzeiro teve muitas dificuldades de se impor em algumas partidas, principalmente pela qualidade dos jogadores e pela tradição. Isso foi por água abaixo, qualquer jogo é duro. E não é só o Cruzeiro, os grandes times têm passado por isso”, afirmou.

Adversário no sábado (11), o América foi elogiado por Nelinho. Na visão do ex-lateral, os comandados de Vagner Mancini são os que apresentam o melhor futebol no Mineiro.

“Entre os três grandes de Minas Gerais, embora todos estejam tendo dificuldades, vejo o América como o time mais certinho neste momento. Espero que o Cruzeiro tire proveito dos erros no Mineiro e conserte. Talvez, com os mesmos jogadores, mas o ideal é que chegassem novas peças de qualidade superior. Se tiver condições de trazer um craque, traz. Se não puder, com muito trabalho e dedicação”, complementou.

Com 105 gols em 427 partidas pelo Cruzeiro, Nelinho foi tetracampeão mineiro (1973, 1974, 1975 e 1977), bicampeão da Taça Minas Gerais (1973 e 1982) e campeão da Copa Libertadores (1976).

Ricardinho

Recordista de títulos conquistados pela Raposa, com 15 troféus, Ricardinho ressaltou a quantidade de reforços para a temporada como ponto natural para a oscilação do time.

“O Cruzeiro está em formação novamente. Após o título da Série B, está montando uma nova equipe e o rendimento não é o que o torcedor espera, mas fez um bom jogo contra o Atlético. Espero que, agora, nas finais, o Cruzeiro possa crescer bastante. Mas é natural, pois muitos jogadores ainda não tinham colocado no peito uma camisa tão pesada”, enfatizou.

À reportagem, Ricardinho também destacou o trabalho de Paulo Pezzolano e da comissão técnica, que precisa se adaptar com a chegada de muitas peças em 2023.

“Para o treinador também é muito difícil, porque chega jogadores de diferentes times e tem que dar liga rapidamente. O Cruzeiro está em formação. Vou torcer bastante para que possa melhorar o mais rápido possível e fazer um bom Campeonato Brasileiro”, concluiu.

Em 441 confrontos pelo Cruzeiro, o ex-volante balançou as redes 46 vezes. Ele faturou o Campeonato Mineiro (1994, 1996, 1997 e 1998), a Copa do Brasil (1996 e 2000), a Copa Sul-Minas (2001 e 2002), a Copa Libertadores (1997), a Recopa Sul-Americana (1998), a Copa Ouro (1995), a Copa Master da Supercopa (1995), a Copa Centro-Oeste (1999), o Supercampeonato Mineiro (2002) e a Copa dos Campeões Mineiros (1999).

Leonardo Garcia Gimenez é repórter multimídia na Itatiaia. Natural de Arcos-MG e criado em Iguatama-MG. Passou também pela Record Minas.