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Piazza 80 anos: sinônimo de Cruzeiro, volante ergueu Taça Brasil e Copa Libertadores com a camisa celeste

Jogador fez história ainda pela Seleção Brasileira, integrando o time tricampeão do mundo no México, em 1970

Brasil, Belo Horizonte, MG, 13/12/1970. Time posado do Cruzeiro Esportes Clube. Da esquerda para a direita, de pé: Wanderlei, Darci, Piazza, Fontana, Brito e Raul; agachados: Natal, Zé Carlos, Tostão, Dirceu Lopes e Rodrigues, que jogou contra o Atlético Mineiro, em partida válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa

Em 30 de julho de 1976, Wilson da Silva Piazza completou uma dobradinha que até então só o também volante Zito, ídolo do Santos de Pelé, tinha alcançado: erguer as taças do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores.

O Cruzeiro tinha acabado de bater o poderoso River Plate, da Argentina, por 3 a 2, no Estádio Nacional, em Santiago, na partida desempate da decisão da principal competição de clubes da América do Sul.

Dez anos antes, Piazza já tinha levantado a Taça Brasil, no Pacaembu, após também um 3 a 2, mas este de virada, sobre o Santos, de Pelé e Zito.

Esses dois gestos colocam Piazza, mineiro de Ribeirão das Neves, que neste sábado completa 80 anos, na galeria dos maiores craques da história do Cruzeiro.

Mas eles foram apenas momentos importantes da carreira de um jogador moderno para o seu tempo, que sabia exercer a liderança não só com a camisa celeste, mas também vestindo a amarelinha.

Volante do time que ganhou o apelido de “Feras do Saldanha”, Piazza era o ponto de equilíbrio da grande Seleção Brasileira que teve atuações impressionantes nas Eliminatórias para a Copa de 1970, isso no segundo semestre de 1969.

A queda do técnico João Saldanha colocou em risco a titularidade de Piazza, pois o novo comandante, Mário Jorge Lobo Zagallo, preferia Clodoaldo como o seu volante.

A liderança de Piazza num grupo que contava com nomes como Carlos Alberto, Gérson, Pelé, Tostão, Jairzinho e Rivellino era tão grande, que Zagallo “arrumou” uma vaga para o ídolo cruzeirense no seu time.

E Piazza formou com Brito a dupla de zaga daquele que é considerado o maior time de futebol que já foi montado no planeta. Esteve em campo nos seis jogos do Brasil no México e colocou na sua recheada galeria de títulos a maior das taças.

Além da Taça Brasil, de 1966, e da Copa Libertadores, de 1976, Wilson Piazza foi decacampeão mineiro pelo Cruzeiro, tendo na lista um pentacampeonato, entre 1965 e 1969, um tetra, de 1972 a 1975, e aquele que talvez tenha sido o mais especial de todos, o de 1977, quando ele já vivia a reta final da carreira, por causa de uma lesão, que o impediu inclusive de disputar a decisão contra o Atlético.

Essa galeria garante a ele um lugar de destaque no ranking dos maiores campeões da centenária história celeste.

O 25 de fevereiro integra o calendário cruzeirense, e o motivo é Wilson da Silva Piazza, um dos sinônimos de Cruzeiro, que neste sábado completa 80 anos.

Alexandre Simões é coordenador do Departamento de Esportes da Itatiaia e uma enciclopédia viva do futebol brasileiro
Emerson Pancieri é setorista do Cruzeiro na Rádio Itatiaia, onde atua desde 2016. Graduou-se em Jornalismo pela Newton Paiva, em 2009. Passou também por Transamérica, O Tempo, Band News, Rádio Globo e CBN (onde foi setorista do Cruzeiro de 2012 a 2016 e cobriu o bicampeonato brasileiro 2013 e 2014, além da Copa no Brasil).