A postura cautelosa do Corinthians no mercado da bola passa diretamente pelas necessidades financeiras que tangenciam o dia a dia do clube. Para 2025, o clube prevê no orçamento que arrecadará R$188 milhões com vendas de direitos econômicos de jogadores.
Para Fabinho Soldado, executivo de futebol do Corinthians, as vendas dos jogadores são uma necessidade não só no Timão, mas no futebol brasileiro. O dirigente, no entanto, voltou a colocar o resultado esportivo como prioridade do clube.
“Essas metas são uma necessidade do futebol brasileiro, precisa de vendas. A gente tem responsabilidade com o orçamento e estamos atentos também ao movimento. A gente precisa do resultado esportivo, Corinthians é um clube que tem responsabilidade àquilo que o torcedor espera. Temos campeonatos a disputar e conquistar, precisa de um elenco qualificado. Orçamento vai ser sempre olhado, vamos iniciar um campeonato importante que é a Copa SP. Existem alguns meninos apontados com projeção importante no cenário brasileiro e a nível de venda. Vamos identificar os meninos que podem compor o elenco para que no momento certo consiga as vendas que nos tragam recursos. Todos sabem da dificuldade financeira, volto a falar da responsabilidade de olhar e respeitar o orçamento”, disse Soldado, à TNT Sports.
Ainda sem anunciar contratações, o Corinthians volta seus olhares a jogadores sem vínculo contratual. Assim, nesses casos, o investimento ficaria unicamente em salários, luvas e demais vencimentos contratuais dos atletas.
“A manutenção do elenco é devida à questão financeira. Corinthians não tem condições de contratações em relação à transferência. Vamos analisar o que tem de jogador livre e dentro da necessidade da comissão. Esperamos começar a pré-temporada, as competições, Paulista, Libertadores, vamos ver de que forma a equipe se comporta. Com habilidade, responsabilidade, olhar para a peça, o atleta que a gente entende que possa trazer esse recurso. Primeiro foco no Campeonato, em iniciar o ano de forma diferente”, disse.
Um dos pontos de crítica do executivo alvinegro foi à condução do clube na reformulação de seu elenco entre 2023 e 2024. Ao todo, foram 15 saídas e 20 contratações dentro do elenco, algo que ocorreu principalmente antes da chegada de Fabinho ao posto.
“Inadmissível o que aconteceu com o Corinthians em 2024. Um clube desse tamanho não pode passar por uma reformulação como foi. Muito perigoso o que aconteceu. Agora ter atenção com isso, passar o recado que vai ser um ano desafiador, com muitas dificuldades, mas na confiança do que fizemos e na perspectiva de um novo olhar a gente espera fazer todas as competições de forma equilibrada para se aproximar de títulos”, finalizou.
