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Goleiro do Corinthians cutuca técnico do Universitario: ‘Pode chorar à vontade’

Carlos Miguel comentou confusão em duelo pela Sul-Americana

Carlos Miguel provou o treinador do Universitario

O Corinthians precisou lidar com um clima de forte tensão para eliminar o Universitario, do Peru, na Copa Sul-Americana. Os eventos iniciaram antes mesmo da bola rolar, com um alerta de risco de apedrejamento ao ônibus corintiano, e terminaram nas coletivas dos técnicos horas após o confronto.

Em entrevista à ESPN, o goleiro Carlos Miguel comentou a situação vivida no Estadio Monumental “U”, em Lima. Segundo o camisa 22, o time adversário tentou afetar o psicológico do jovem time corintiano que foi a campo.

“Como eles sabiam que o Corinthians ia com os meninos mais jovens nesse jogo de volta, tentaram ao máximo jogar no psicológico dos garotos, tentaram jogar a torcida contra. No final da partida teve toda essa briga por causa do que teve antes. O Ryan foi um pouco imprudente, não era necessário levantar a camisa, a gente já estava sendo classificado. Tem que entender na vida que... eu sou moleque também, já fiz algumas bobeiras na vida, é normal, o menino acabou de fazer o primeiro gol dele no profissional. Quer extravasar, quer brincar, quer zoar... isso é brincadeira. Mas ainda bem que não deu nada mais grave, a gente conseguiu ir embora e sair com a classificação e a vitória”, disse.

O gol marcado pelo Corinthians nos minutos finais da partida foi o estopim da briga generalizada em campo. O volante Ryan, autor do tento, tirou a camisa e a expôs para torcedores do Universitario, o que gerou grande raiva nos jogadores e no técnico adversário.

Carlos Miguel saiu em defesa de Ryan por sua comemoração e elogiou o jovem pela autocrítica do momento. Por fim, cutucou o uruguaio Jorge Fossati, técnico do Universitario, por algumas de suas declarações depois das duas partidas.

“A gente encarou normal. Eu entendi o lado do Ryan. Foi muito maduro de reconhecer que, independente de ter feito uma comemoração normal, que muitos jogadores já fizeram, também tem que entender o contexto do jogo. Era um jogo que tinha um preparador físico que está preso no Brasil por racismo e toda a confusão que o Universitario jogou para cima do Corinthians”, avaliou.

“Eles jogaram toda a responsabilidade para a gente. E colocaram a torcida de um país inteiro contra a gente. Ele tinha que pensar, até pediu desculpas, foi maduro, entendeu o contexto do jogo. Pra gente é normal, claro que vamos perdoar. E vamos seguir para as oitavas, e o Universitario não. O treinador pode chorar à vontade”, finalizou.

Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Responsável por acompanhar o dia a dia de Corinthians e Santos pela Itatiaia Esporte. Passagem também como repórter do portal Meu Timão