A diretoria do Ceará se reuniu nesta quinta-feira (10) com o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme. A demanda foi para entender a anulação do gol do atacante Guilherme Bissoli no empate sem gols contra o Guarani, na semana passada, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.
A arbitragem deu toque de mão, algo que não fica claro em nenhuma imagem divulgada - a decisão de campo do árbitro Dyorgines José Padovani foi gol, anulado depois da intervenção do VAR.
Além do presidente do Ceará, João Paulo Silva, e do diretor jurídico, Fred Bandeira, participou do encontro com Seneme na sede da CBF, no Rio, o presidente da Federação Cearense de Futebol (FCF), Mauro Carmélio.
“Foram nos apresentados os áudios, bem como as imagens do próprio VAR. Não só as televisivas. Na concepção deles, dos árbitros, realmente teve um toque de mão do Bissoli. Volto a afirmar que é uma questão meramente subjetiva, deveria pelo menos o árbitro ter verificado o lance”, disse Bandeira em entrevista à Rádio Verdes Mares.
Após a reunião, a direção do Ceará decidiu entrar com uma notícia de infração na procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) contra a equipe de arbitragem do jogo em Campinas. O pedido será para que os profissionais sejam suspensos se o tribunal entender que houve erro - não há possibilidade jurídica de anulação do jogo.
“Ao final do primeiro tempo, para a nossa surpresa, ele perguntou ao jogador Bissoli se a bola tocou na mão. É um lance tão polêmico, difícil, que no começo do áudio o próprio árbitro do VAR fala “não foi mão”. O próprio Seneme falou que esse lance servirá em preleções com a arbitragem para dizer que realmente, com um lance desses difícil, que se vá realmente ao VAR [monitor que fica na beira do gramado]”, disse Bandeira.