A diretoria do Ceará enviou um ofício à CBF pedindo uma reunião com a comissão de arbitragem da confederação brasileira. O clube quer reclamar pessoalmente da atuação de Dyorgines José Padovani de Andrade-ES no empate por 0 a 0 contra o Guarani, na noite desta quarta-feira (2), em Campinas, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.
O clube pede também para ter acesso ao diálogo entre o árbitro de campo e a equipe do VAR sobre o gol anulado do atacante Guilherme Bissoli, aos 19 minutos do primeiro tempo.
Um golaço, aliás. Chay lançou o centroavante no meio da área, ele dominou no peito, controlou a bola e chutou de voleio para o gol. O árbitro de vídeo interveio porque viu que, ao controlar a bola na segunda dominada, ele teria tido a ajuda da mão.
O jogador disse não ter sentido o toque e as imagens, de vários ângulos mostrados pela transmissão oficial, não deixam claro que a bola encostou nos dedos do centroavante.
No documento enviado à CBF, a diretoria do Ceará questiona dois pontos:
Que, no entender do clube, não há imagem que comprove o toque de mão;
O fato de o árbitro não ter ido até o monitor que fica na beira do gramado ver a jogada - toda a decisão foi tomada pelo árbitro de vídeo, Carlos Eduardo Nunes Braga-RJ.
Após o jogo, o técnico do Ceará, Guto Ferreira, detonou a arbitragem:
“O Ceará não venceu a partida por mais um erro de arbitragem. Procuramos variados ângulos para ver se realmente o golaço do Bissoli teria tido algum toque com a mão. A câmera não crava em momento nenhum. A bola não muda o giro”, disse o treinador.
Se ocorrer a reunião com o ex-árbitro Wilson Luiz Seneme, diretor da comissão de arbitragem, na prática só vai servir para alguma suspensão para a equipe de arbitragem que trabalhou no estádio Brinco de Ouro da Princesa.
O Ceará se manteve na 10ª colocação na Série B, com 30 pontos, mas a distantes oito do G4. O time volta a campo no próximo domingo (6), contra o ABC, na Arena Castelão, em Fortaleza, às 18h (de Brasília), pela 22° rodada.