Após a goleada do Botafogo sobre o Internacional, neste domingo (11) pelo Campeonato Brasileiro, Renato Paiva avaliou a atuação da sua equipe no Nilton Santos. Para o treinador, o Alvinegro não esteve no seu melhor nível no primeiro tempo, mas fez por merecer a goleada por 4 a 0 no segundo tempo.
“O resultado é melhor que a exibição na primeira parte. Não acho que era para 2 a 0. Na segunda parte, corrigimos algumas coisas no intervalo e foi toda nossa. Jogamos e não deixamos jogar o adversário. Foi mais próxima do que gosto, fomos muito bem. Entramos muito bem no jogo, depois dos 15 minutos tivemos que avaliar se foi o nosso gol que nos fez baixar. Isso não podemos permitir”, afirmou Renato Paiva.
Igor Jesus e Artur marcaram os gols do Botafogo no primeiro tempo. Cuiabano e Alex Telles completaram o placar após o intervalo, todos em belas finalizações. O Internacional teve até maior posse de bola e finalizações na partida, mas só obrigou John a fazer duas defesas importantes e intervir em bolas aéreas.
A eficiência nas finalizações - já cobrada anteriormente pelo treinador - foi destacada por Renato Paiva.
“A eficácia é o crescimento dos jogadores nos jogos. Nós nos recuperamos, não desgastamos muito nos treinos. Não se pode exagerar. Devo isso ao crescimento dos jogadores em competição. Tem a ver com o individual. Enquanto treinador, nossa responsabilidade é coletiva para levar a bola até o gol adversário dentro de uma ideia de jogo. As ligações e decisões individuais, a finalização é assim. E temos que evitar a bola que chegue ao nosso gol. Esse é o nosso trabalho. Hoje, os jogadores conseguiram fazer a eficácia estar presente”, afirmou.
Agora é Libertadores
Os times de Renato Paiva e Roger Machado têm decisões pela Libertadores nesta semana. Na quarta (14), o Botafogo recebe o Estudiantes-ARG, no Nilton Santos, na quinta rodada do Grupo A.
O Internacional visita o Nacional-URU, em Montevidéu, na quinta (15). O Colorado está em situação delicada no Grupo G.
Confira, abaixo, mais respostas de Renato Paiva, técnico do Botafogo:
Avaliação do trabalho no Botafogo
“Há dados e números claros. Nossas derrotas são todas por 1 a 0. Há jogos que não fizemos para ganhar, mas, mesmo assim, temos bolas. Foi contra o Bragantino ou Estudiantes, por exemplo. Portanto, o resumo que digo é que, nos primeiros jogos, era uma equipe que sofria poucos gols, mas também não criou como gosto que minhas equipes criem. Tivemos a bola sem fazer mal ao adversário, e esse não é meu modelo de jogo. Nem tudo está bem, nem tudo está mal quando se perde. O que quero é que a equipe cresça em termos de controlar o jogo e que mantenha os números sem conceder chances aos adversários, mantendo uma espinha dorsal da equipe. Hoje, jogamos com Artur de “10". Meu trabalho é buscar soluções. Não fico deprimido nas derrotas nem eufórico nas vitórias. Nos últimos cinco jogos, temos quatro vitórias. E exibições? Isso é outra coisa. Mesmo que não jogue bem, ganhe. O que me importa é competir.”
David Ricardo e Jair
“Era algo que, curiosamente, as pessoas não falam muito. São dois meninos. Não peço CPF para ninguém jogar. São dois meninos que chegam ao clube. Trabalharam desde o início que cheguei. Vão errar por sua juventude. E uma hora vai dar asneira, mas não vou esquecer tudo que fizeram para trás. Substituem muito bem uma zaga muito forte. Uma zaga que sofre muito poucos gols. Estão se entendendo. Tem que se valorizar. O corpo técnico que os prepara. O scout que os trouxe. Estou tranquilo com eles. Para idade que têm, o rendimento tem sido de grande desempenho.”
Desempenho dentro e fora do Nilton Santos
"É uma equipe com duas caras. Não joga fora da mesma forma que joga em casa, e isso é nossa responsabilidade contribuir. Jogar em casa, com nossa torcida apoiando os jogadores, é uma torcida que não insulta os jogadores, dá apoio enquanto a bola rola. De fato, nós aproveitamos muito bem a questão de jogar em casa. O sintético pode ter influência. Treinamos aqui nas vésperas. É um conforto dos jogadores por sentir-se bem, terem o apoio. O copo meio vazio é transportar isso para os jogos de fora. Só não estamos no alto da tabela por isso.”