No dia em que comemora 10 anos da defesa de pênalti que levou o Atlético às semifinais da Libertadores de 2013, o ex-goleiro Victor atendeu a imprensa e relembrou o lance que o eternizou como “Santo” para os atleticanos. Em 30 de maio daquele ano, a classificação ficou conhecida como “Milagre do Horto”.
Atualmente ocupando a função de gerente de futebol do Alvinegro, o antigo dono da camisa 1 destacou que a partida contra o Tijuana-MÉX e a posterior conquista do torneio de clubes mais importante da América do Sul mudou o clube de patamar.
Ao final do bate papo com a imprensa, Victor convidou o supervisor Carlos Alberto Isidoro para relembrar os momentos de angústia vividos pelos dirigentes do clube, da marcação da penalidade à defesa com o pé esquerdo.
“Aquele dia foi realmente memorável. O Atlético é um clube de histórias sempre muito sofridas ao longo deste período em que trabalho aqui. A partir de 2012 demos uma virada, com a vinda de grandes profissionais. O Ronaldinho, por exemplo, trouxe um upgrade muito importante a vocês (grupo) e fez o clube pensar grande. Foi sensacional”, destacou Isidoro, que está no Galo desde às semifinais do Campeonato Brasileiro de 1999.
“Aquele dia, assistimos o jogo atrás do gol, onde aconteceu o pênalti. Era um tal de jogar relógio fora, porque o tempo não passava. Aquilo (pênalti marcado por Patricio Polic) foi um desastre e todos pensavam “isso é o Atlético; só com o Galo que isso acontece. Você (Victor) foi muito feliz em defender aquele pênalti, num momento em que não teria mais salvação. A partir dali, cravou que havia chegado a nossa hora de buscar a Libertadores”, vai além o supervisor.
Ainda de acordo com Carlos Alberto, “o sentimento era de colocar toda euforia para fora e a emoção ainda é inexplicável”. Ele também lembrou que aquela era a segunda participação do Alvinegro no torneio, desde que chegou ao clube. A primeira havia sido em 2000.