Destaque do Palmeiras na Copa São Paulo deste ano, e eleito o melhor jogador da competição de base mais importante do país, o atacante Kevin poderia ser mais um prata da casa do Atlético, se não tivesse passado despercebido pelo clube há mais ou menos sete anos.
Logo no início da adolescência, o garoto do Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo, tentou mostrar seu talento no clube mineiro, mas a condição financeira da família o fizeram retornar à capital paulista. Na época, o Atlético tinha André Figueiredo como gerente das categorias de base.
“Comecei com 12 para 13 anos, fui fazer um teste no Atlético e passei. Nessa época a gente não podia ter alojamento - só jogadores com idade profissional (acima dos 15 anos) podem ser hospedados no hotel da base do Centro de Treinamentos. Tinha que ficar em pensão e não tinha como ficar direto lá, por causa de dinheiro. Voltei para casa e fui para o Desportivo Brasil. Joguei a Copa São Paulo e acabei me destacando, aí vim para o Palmeiras”, contou Kevin, em entrevista concedida ao GE, no ano passado, e repetida à ESPN nesta quinta-feira (26).
Na mira do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, mesmo clube que detém os direitos do meia Pedrinho, atualmente emprestado ao Galo, Kevin sempre se inspirou no pai, José Carlos, conhecido como ‘Weah’ na várzea paulista, pelo estilo parecido com o ex-atacante e atual presidente da Libéria, que brilhou na década de 1990, e que, pelo Milan, jogou contra o Atlético na Copa Centenário, que comemorou os 100 anos de Belo Horizonte.
