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Torcedores e americanos ilustres lamentam morte de Jair Bala: 'ídolo’

Maior jogador da história do Coelho faleceu nessa terça-feira (27)

Jair Bala, ídolo do América, faleceu nessa terça-feira

Acontece na manhã e início da tarde desta quarta-feira (28), no Independência, o velório de Jair Bala, personagem icônico da história do América. Torcedores e outros nomes importantes na história do clube marcam presença no estádio para se despedir do craque.

Ex-presidente do Coelho, Paulo Afonso relembrou a história do ídolo nas diversas fases da vida e disse que essa foi uma das maiores perdas da história da instituição.

"É uma das maiores, talvez a maior, perda de um verdadeiro americano. O que o Jair fez pelo América, a gente conta nos dedos quantas pessoas fizeram. Ele foi um grande jogador, grande treinador, grande torcedor e um abnegado de verdade”, disse.

“Ele ajudava todo mundo e era uma pessoa maravilhosa. Não é porque morreu, mas ele deixou marcada a história dele na história do América e do futebol mineiro, completou.

De acordo com Paulo Afonso, Jair Bala participou de excursões do América pelo interior do estado para ajudar a manter o clube em funcionamento, durante um período delicado na história do Coelho, na primeira década do século.

“O Jair foi um santo, um cara sem defeitos. Ele não via defeito em ninguém, não criava problema com ninguém. Ele só queria o bem do América. É a única pessoa que eu conheço que nunca teve raiva do América, mesmo nas piores situações. Quantas vezes viajamos pelo interior de Minas Gerais fazendo amistosos para pegar um dinheirinho e manter o América. Ele não reclamava de nada”, disse.

Outro ídolo do América, Euler também foi ao Independência durante o velório. Foi Jair Bala quem deu a primeira oportunidade ao “Filho do Vento” entre os profissionais.

“Perdemos a lenda do nosso América. Uma pessoa extraordinária e maravilhosa. Em 1988, ele me deu a primeira oportunidade de jogar no profissional do América, ainda como juvenil. Ele me viu treinar e apostou em mim. Tive esse privilégio. Para mim, é um pai, um parceiro, um amigo e, além de tudo, é o maior ídolo para a família do América”, disse.

Além dos personagens ilustres, muitos torcedores foram se despedir do maior ídolo da história do Coelho. Hilton Guimarães lembrou do início do ex-jogador no antigo estádio do América.

“Eu lembro dele desde 1964, lá na Alameda. Ele é nosso maior ídolo até hoje. Mesmo depois que parou, continuou junto com a torcida, comparecendo e incentivando a equipe. Vai fazer uma falta danada”, disse.

Hugo Lobão é repórter multimídia do portal Itatiaia Esporte. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, passou por Hoje Em Dia, Record e Globo Esporte. Amante de esportes olímpicos.