O jogador Alan Ruschel, do Juventude, rebateu o polêmico posicionamento de Adson Batista, presidente do Atlético-GO. O dirigente declarou ser contra uma possível paralisação geral do futebol brasileiro em detrimento das tragédias climáticas que assolam o Rio Grande do Sul, em situação de calamidade pública.
“Esse pensamento só deixa claro a dor de alguém que não está passando pela dificuldade que todos aqui no Rio Grande do Sul estão. Não é mais sobre futebol ou calendário. É sobre ser humano, sobre família, sobre dor. Repudio totalmente esse pensamento!”, postou o lateral-esquerdo em suas redes sociais.
A publicação de Alan Ruschel rebate a entrevista concedida pelo executivo ao Globo Esporte. Na ocasião, o presidente do Dragão afirmou ser contra a cogitação de adiar as partidas de toda a primeira divisão do futebol brasileiro.
“Penso que não é solução parar o campeonato. Parar por quê? Para podermos ficar aqui sofrendo e chorando? Não adianta. Não adianta criar um problema em cima de outro. Temos que continuar o campeonato, dar apoio aos irmãos do Sul, mas sem prejudicar a competição. Senão vamos passar pelos mesmos problemas da época da Covid-19. Com jogos cedo, à tarde e à noite. Time emergente como o Atlético-GO não tem estrutura para jogar um campeonato com bom nível pensando dessa forma”, disse o dirigente à reportagem.
Vale lembrar que, primordialmente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) optou por adiar os jogos dos times gaúchos por 20 dias. A decisão vale para todas as disputas das quatro divisões do Campeonato Brasileiro, competições de base e futebol feminino.
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Tragédia no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul vive em situação de calamidade pública desde a última segunda-feira (29), quando iniciaram-se os temporais no estado. Enchentes assolam diversas cidades gaúchas e vitimaram milhares de pessoas. Nesta quarta-feira (8), de acordo com informações da Defesa Civil, o número de óbitos está em 100. Ainda há 128 desaparecidos.
Nos 414 municípios afetados, há 66.434 pessoas em abrigos, 158.992 desalojados e 372 feridos. Há quatro mortes em investigação