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Esquema de apostas: STJD suspende sete jogadores por 30 dias

Jogadores, alvos da nova fase de investigação da operação Penalidade Máxima, serão suspensos de maneira preventiva

Dadá Belmonte não entra em campo pelo América há quase quatro meses

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou a suspensão preventiva de sete jogadores por suspeita de envolvimento em esquema de apostas. A decisão, determinada pelo presidente em exercício Felipe Bevilacqua, tem como alvo os jogadores que se tornaram réus após denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO).

A informação foi publicada pelo ge e confirmada pela Itatiaia. Os jogadores ficam suspensos até o julgamento no STJD. Alguns deles não estão mais no Brasil. São eles:

  • Dadá Belmonte (América)

  • Igor Cariús (Sport, à época no Cuiabá)

  • Alef Manga (Pafos FC-CHI, à época no Coritiba)

  • Jesús Trindade (Barcelona-EQU, à época no Coritiba)

  • Pedrinho (Shakthar-UCR, à época no Athletico-PR)

  • Sidcley (CSKA-BUL, à época no Cuiabá)

  • Thonny Anderson (afastado do ABC-RN, à época no Coritiba)

O STJD já havia convocado dez jogadores para depor, de maneira online ou virtual, em investigações no mesmo caso. As audiências estão marcadas para os dias 7 e 8 de agosto. Até então, os convocados não foram denunciados pela Procuradoria-Geral do STJD.

Dadá Belmonte, do América, não entra em campo desde o dia 12 de junho, na vitória por 2 a 1 do América diante do Nova Iguaçu-RJ, pela Copa do Brasil. A última vez que o atacante foi relacionado foi para a primeira rodada do Brasileirão - derrota por 3 a 0 diante do Fluminense, no Independência, em Belo Horizonte.

O clube não se posicionou oficialmente após o jogador ser denunciado na Justiça. Segundo assessoria, o jogador está afastado tratando de uma pubalgia.

A denúncia

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu, no último dia 19, uma nova denúncia à Justiça por manipulação em apostas esportivas. São 14 denunciados, dentre eles sete jogadores, envolvidos no esquema. Segundo o MP-GO, os jogadores eram abordados pelos aliciadores que prometiam vantagens financeiras para os atletas serem punidos com cartão durante as partidas.

Dadá Belmonte (América), Igor Cariús (Sport, à época no Cuiabá), Alef Manga (Pafos FC-CHI, à época no Coritiba), Jesús Trindade (Barcelona-EQU, à época no Coritiba), Pedrinho (Shakthar-UCR, à época no Athletico-PR), Sidcley (CSKA-BUL, à época no Cuiabá) e Thonny Anderson (ABC-RN, à época no Coritiba) são os jogadores denunciados. Todos receberam dinheiro para participar do esquema de manipulação esportiva, de acordo com o MP.

Os atletas, à exceção de Thonny Anderson, foram denunciados com base no artigo 198 da Lei Geral do Esporte. O artigo prevê punição para quem “solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado”. A pena é de reclusão de dois a seis anos e multa.

A excepcionalidade envolvendo Thonny Anderson é porque o jogador não foi a campo, mas sim ajudou a cooptar o volante paraguaio Jesus Trindade. Ambos jogavam no Coritiba.

Outras seis pessoas foram denunciadas por aliciamento: Cleber Vinicius Rocha Antunes da Silva, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro (LF), Romário Hugo dos Santos (Romarinho), Thiago Chambó Andrade e Victor Yamasaki Fernandes.

Leonardo Parrela é repórter multimídia na área de esportes na Itatiaia. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, colaborou com Globo Esporte, UOL Esporte e Hoje Em Dia, onde cobriu Copa do Mundo, Olimpíada e grandes eventos.