Foi velado e sepultado na manhã desta terça-feira (18) o corpo do ex-jogador Palhinha, no cemitério Parque da Colina, no Bairro Nova Cintra, Região Oeste de Belo Horizonte. O ex-atacante, ídolo de Cruzeiro, Corinthians e Atlético, morreu aos 73 anos nessa segunda-feira (17), na capital mineira.
Palhinha já estava com a saúde debilitada nos últimos anos e teve morte causada por uma infecção.
O velório contou com a presença de familiares, amigos e alguns ex-jogadores, como Procópio, Piazza, Nelinho, Evaldo e família, Marcelo Oliveira e João Leite. Torcedores de Cruzeiro e Atlético também estiveram no cemitério para um último contato com o também ex-atacante da Seleção Brasileira.
Companheiro de Palhinha no Cruzeiro e treinador do ex-atacante no Atlético, Procópio Cardozo marcou presença e comentou a relação com o artilheiro da Copa Libertadores de 1976 - com 13 gols.
“Na história de ídolos e craques do Cruzeiro, Palhinha está entre os melhores. É um ícone. Foi um jogador que marcou época, foi valente, brigador, ia pra cima, tinha coragem e marcava muitos gols. Além de tudo, Palhinha era um cruzeirense doente. Amava e era apaixonado pelo clube”, disse Procópio à Itatiaia.
Segundo o ex-zagueiro, Palhinha fará falta “como homem, como jogador, como amigo”. “Fiquei muito triste, sabia que ele já vinha de um período longo de recuperação”, disse à reportagem, antes de relembrar alguns momentos com o ex-atacante.
“Em 1974, ele, menino, e eu fazendo testes para voltar, já com 35 anos, voltei a jogar no Cruzeiro. Atuamos ao lado de Dirceu Lopes, Piazza, aquela turma toda. E depois, como treinador, tive o privilégio de trazê-lo para o Atlético”, completou.
Corinthians, Atlético e América enviaram coroa de flores em homenagem a Palhinha. O Cruzeiro foi representado no velório pelo vice-presidente da associação, Lidson Potsch.
Palhinha
Vanderlei Eustáquio de Oliveira, o Palhinha, começou como profissional no Cruzeiro, em 1968, onde se tornou ídolo. O ex-atacante permaneceu no clube até 1977 e conquistou uma Copa Libertadores (1976) e sete Campeonatos Mineiros (1968, 1969, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984).
Ele também defendeu Corinthians, onde venceu dois Campeonatos Paulistas (1977 e 1979) e marcou época; Atlético, clube em que conquistou um Campeonato Mineiro (1980); Santos; Vasco da Gama, quando também levantou o troféu de campeão estadual, em 1982; e América.
Um dos destaques do futebol brasileiro nos anos 1970, Palhinha vestiu a camisa da Seleção Brasileira. Ele disputou 16 jogos, entre 1973 e 1979, e fez seis gols.
Palhinha também foi técnico entre 1985 e 1995 e treinou: América, Atlético, Rio Branco, Corinthians, União São João, Ferroviário, Inter de Limeira, Cruzeiro e Villa Nova.