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CBF demite diretora que fez denúncia de assédio moral

Luísa Rosa, da área patrimonial, disse à comissão de ética que sofreu com machismo de auxiliar do presidente Ednaldo Rodrigues; CBF mantém o cargo com uma mulher

Luísa Rosa e Ednaldo Rodrigues, quando ela assumiu o cargo na CBF, em abril de 2022

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, demitiu nesta quarta-feira (5) a diretora de patrimônio da entidade, Luísa Rosa. Segundo o Ge.com publicou há algumas semanas, Rosa fez uma denúncia de assédio moral à Comissão de Ética do Futebol Brasileiro (CEFB) contra Arnoldo Nazareth, gerente geral operacional, que assessora diretamente Ednaldo.

Rosa, arquiteta de 33 anos e elogiada por membros de federações estaduais pela condução do projeto da construção de centros de treinamento nos estados que não receberam jogos da Copa do Mundo de 2014, resquícios do legado da competição, era a única mulher na diretoria da CBF. Ela assumiu o cargo em abril de 2022.

Catherine Negreiros Carneiro da Cunha, que era gerente de infraestrutura na diretoria de patrimônio, assume a vaga de Rosa - a CBF não se pronunciou oficialmente sobre as acusações da arquiteta. Segundo a denúncia que fez à CEFB, Rosa sofria de crises de ansiedade por causa de atitudes de Nazareth, que teria tirado sua autonomia no cargo e tinha atos machistas. A reportagem não encontrou o executivo para comentar as acusações.

A CBF decidiu demitir Rosa depois que três testemunhas indicadas por ela à comissão de ética negaram ter presenciado atos de assédio por parte de Nazareth. O procedimento ainda não foi finalizado.

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.