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Cristiano Ronaldo explica ausência em funeral de Diogo Jota: ‘Consciência tranquila’

Atacante do Liverpool e da Seleção Portuguesa morreu em julho vítima de um acidente de carro na Espanha

Cristiano Ronaldo e Diogo Jota em jogo da Seleção Portuguesa

Após a morte do atacante Diogo Jota, em 3 de julho de 2025, um dos grandes questionamentos dos fãs foi a ausência de Cristiano Ronaldo no funeral. Os dois jogavam juntos na Seleção Portuguesa.

Em entrevista ao jornalista inglês Piers Morgan, CR7 explicou a decisão de não comparecer ao evento, realizado em Gondomar, na região do Porto, em Portugal. Ele disse não se arrepender da decisão.

“As pessoas me criticam muito, mas eu não quero saber. Quando a consciência está tranquila não tem que se preocupar com aquilo que dizem. Depois da morte do meu pai, nunca mais estive num funeral. E onde eu vou é um circo. Não vou porque, se eu for, a atenção vai para mim”, explicou o atacante do Al Nassr.

“Não gosto de quando fazem entrevistas enquanto passam por um momento sensível. Isso mostra como a vida às vezes é um circo. Não quero fazer parte desse mundo. As pessoas podem continuar a criticar, me senti bem com a minha decisão. Não preciso de estar na primeira fila. Estou pensando na sua família, não preciso de estar nas câmaras para verem o que estou fazendo, faço por trás”, completou Cristiano.

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Reação

Ainda na entrevista ao canal Piers Morgan Uncensored, CR7 contou como reagiu quando recebeu a notícia da morte de Jota. Ele confessou ter chorado muito e disse que o momento foi ‘devastador’.

“Estava com a Gio em um período de descanso, estávamos no ginásio. Não queria acreditar, chorei muito. A Gio pode confimar isso. Foi muito, muito difícil para a família, amigos. Foi devastador”, revelou.

“Temos de aproveitar os momentos e não planejar muito o futuro. Não faço planos a longo prazo porque tudo pode mudar de um momento para outro. Temos de estar felizes por estarmos aqui. Foi um momento chocante. Ainda sinto a aura dele na Seleção, quando coloco a camisa. Era um de nós”, completou.

Morte de Diogo Jota

Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão André, que também era jogador de futebol e defendia o Penafiel, morreram em um acidente de carro na província de Zamora, na Espanha.

O acidente ocorreu na rodovia A-52, quando Diogo Jota viajava com André, de 26 anos. A Guarda Civil da Espanha informou que um dos pneus do carro estourou durante uma ultrapassagem.

“Um veículo saiu da pista pela calçada pela esquerda. A investigação aponta para um acidente de trânsito devido ao estouro de um pneu durante uma ultrapassagem. Como consequência do acidente, o carro se incendiou, e ambos os ocupantes morreram”, informou a Guarda Civil em comunicado.

Diogo Jota nasceu em 1996 e começou a carreira profissional no Paços de Ferreira. Ele já defendeu o Porto, o Wolverhampton, da Inglaterra, até se transferir para o Liverpool, em 2020. O jogador havia se casado em junho com Rute Cardoso, companheira com quem tinha três filhos pequenos.

Giovanna Rafaela Castro é jornalista em formação e integra a equipe do portal Itatiaia Esporte