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Brasil x Guiné: estafe de Vini Jr. é alvo de ato racista em Barcelona

Estafe do atacante Vinícius Júnior foi alvo de ato racista antes do amistoso entre Brasil e Guiné

Segurança que cometeu ato racista contra estafe de Vini Jr

Um dos melhores amigos do atacante Vinícius Júnior e que faz parte de seu estafe, Felipe Silveira foi alvo de ato racista na entrada do estádio Estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona, na Espanha, antes do amistoso entre Brasil e Guiné. O funcionário do astro brasileiro acusou um segurança que trabalhava no jogo de ter apontado para ele uma banana e dito: “Mãos ao alto. Essa é a minha arma para você".

Segundo apuração da Itatiaia, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está ciente do caso. Em um primeiro momento, o segurança negou que estava com uma banana. Depois, ele disse que a fruta tinha caído de seu bolso.

Outros amigos de Vini Jr. tinham passado pelo local e não viram o ato. O homem também não sabia que se tratava de uma pessoa ligada ao atacante brasileiro.

A vítima e as outras pessoas ligadas a Vinícius Júnior buscam imagens do circuito interno, mas somente a polícia tem acesso ao conteúdo. Eles vão prestar queixa até este domingo (18).

Em nota, a CBF lamentou mais um episódio de racismo contra um brasileiro na Espanha e justamente num evento com ações de combate ao preconceito.

“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ao tomar conhecimento do episódio de racismo por que passou o assessor e amigo pessoal do jogador da Seleção Brasileira Masculina de Futebol, Vinícius Jr , o empresário Felipe Silveira, que, segundo relatos, ocorreu antes da partida, em um dos acessos ao estádio, tomou providências imediatas e, na mesma hora, solicitou a polícia e aos organizadores do jogo que dessem todo o apoio e amparo a mais uma vítima de racismo, um crime que precisa ser combatido de forma veemente e sem descanso. O episódio, inclusive, foi presenciado por jornalistas presentes ao amistoso.

“O combate ao racismo, um crime que precisa cessar em todo o mundo, é também o motivo pelo qual estamos aqui. O mesmo motivo que levou o presidente da FIFA, Gianni Infantino, a vir de Zurich até aqui. E foi também por isso que a nossa Seleção jogou o primeiro tempo da partida de preto. É um manifesto, é uma bandeira, é uma missão banir do futebol mundial não só o racismo, como toda e qualquer forma de violência, dentro e fora dos estádios . Temos recebido a solidariedade de todos os companheiros de Federações e Confederações do mundo inteiro, querendo se juntar ao Brasil nessa luta. E hoje, mais uma vez, mais um criminoso foi exposto publicamente ", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues”.

O amistoso entre Brasil e Guiné tinha justamente o intuito de protestar contra as recentes injúrias raciais recebidas pelo atacante Vinícius Júnior nos jogos pelo Real Madrid, em partidas válidas pelo Campeonato Espanhol. O caso mais recente foi no jogo contra o Valencia, em 21 de maio.

Pela primeira vez na história, a Seleção jogou com um uniforme preto, como uma manifestação contra o racismo. No segundo tempo, o time comandado pelo técnico Ramon Menezes voltou a utilizar a tradicional camisa amarela - uniforme de número 1.

Ofensas racistas contra Vini Jr

Vini Jr. foi alvo de insultos racistas na derrota do Real Madrid por 1 a 0 para o Valencia no Mestalla, em Valência, pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol. A partida foi paralisada aos 27 minutos da segunda etapa. O atacante começou a discutir com torcedores enquanto outros jogadores tentavam acalmar o brasileiro.

Foi possível ouvir os gritos de “mono” (macaco, em espanhol) por parte da torcida do Valencia. O árbitro conversou com oficiais da organização da partida e o jogo foi interrompido. No fim da partida, novo entrevero culminou na expulsão do brasileiro - cartão retirado posteriormente pela La Liga.

O problema envolvendo a torcida espanhola não é novidade. Vinicius Júnior já foi vítima de inúmeros casos ao longo da sua trajetória pelo clube espanhol.

Jornalista pela PUC Minas, Pedro Leite é repórter do portal Itatiaia Esporte. Tem experiência na cobertura diária de portais, redes sociais e jornal impresso. Apaixonado por futebol, já passou pelo Superesportes.
Matheus Muratori é jornalista multimídia com experiência em muitas editorias, mas ama a área esportiva. Faz cobertura de futebol, basquete, vôlei, esportes americanos, olímpicos e e-sports. Tem experiência em jornal impresso, portais de notícias, blogs, redes sociais, vídeos e podcasts.
Marcelo Bechler é correspondente da Itatiaia na Europa