O Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga sentenciou Gabriel Mendes Ernesto, conhecido como “Gaguinho”, a 97 anos de prisão. Ele foi considerado culpado por duplo homicídio qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa qualificada.
A sessão ocorreu no auditório da Faculdade de Direito de Ipatinga (Fadipa), localizada no bairro Veneza I, devido às obras em andamento no prédio do Fórum, que impedem a realização das sessões no local habitual. As sessões do júri têm sido realizadas na Fadipa e na Câmara Municipal de Ipatinga.
Além de Gabriel Mendes, outros réus foram julgados recentemente. No dia 14 de outubro, na Câmara Municipal de Ipatinga, foram condenados: Leon Eres, conhecido como Lealzinho, a 104 anos e seis meses de prisão; Wesley Teixeira Morin, a 77 anos e três meses de reclusão; Guilherme Souza Drummond, a 45 anos, um mês e quinze dias de prisão; Jean-Brendan Washington Ferreira Alves, a 53 anos, sete meses e quinze dias de prisão; e Wackler Rodrigo Cosbicalho, a seis meses de prisão.
Os crimes pelos quais Gabriel Mendes foi condenado ocorreram em 24 de maio do ano passado, por volta das 13h30, no bairro Planalto, em Ipatinga. Os acusados, armados com espingarda calibre 12, pistolas calibre 40 e 380, além de um revólver, executaram Gabriel Alves e Vitor Rodrigues.
Eles também tentaram assassinar Carlos Sérgio, que sobreviveu. O crime foi praticado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa das vítimas e em via pública, colocando outras pessoas em risco.
As investigações revelaram que o grupo criminoso agia de forma organizada para controlar o tráfico de drogas na região, inclusive com a divulgação de uma carta que anunciava uma nova gestão do comércio ilícito, motivando a ação criminosa.
O julgamento de Gabriel Mendes foi concluído no início da noite desta segunda-feira (01/12), no auditório da Fadipa, após a decisão do conselho de sentença.
O promotor Jonas Juniárez Costa Monteiro, por meio de nota, afirmou que a condenação representa um marco importante para garantir a responsabilização pelos crimes cometidos e reafirma o compromisso do Ministério Público em proteger a vida e a segurança da população contra a atuação de organizações criminosas.