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Comissários de bordo revelam três alimentos que nunca devem ser consumidos em voos

Especialistas indicam o que evitar consumir durante os voos para garantir mais conforto e segurança

Comissários de bordo com grande experiência na aviação revelaram os três grupos de alimentos e bebidas que devem ser evitados pelos passageiros durante as viagens aéreas, levando em conta riscos comprovados à saúde e ao bem-estar dentro da cabine.

Água da torneira e bebidas feitas com ela

A água utilizada nas aeronaves é uma preocupação recorrente entre os especialistas do setor. O Café e o chá servidos durante o voo são preparados com essa mesma água, que é armazenada em tanques próprios da aeronave. Devido ao formato e às condições de operação desses reservatórios, a higienização completa é um grande desafio.

Uma pesquisa realizada em 2004 pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, coletou amostras de 158 aviões e constatou que 13% apresentavam a presença de bactérias coliformes. Além disso, em dois casos, foram encontrados níveis perigosos de E. coli.

Os profissionais orientam que, na ausência de água engarrafada, o ideal é não consumir água servida em jarras, especialmente na classe econômica, pois ela também é proveniente do sistema interno da aeronave. A melhor escolha é optar por água com gás ou refrigerantes em lata.

Também é recomendado evitar totalmente o consumo de café e chá a bordo, preferindo adquirir essas bebidas ainda no terminal antes do embarque ou escolher refrigerantes com cafeína como alternativa para manter a energia durante o voo.

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Alimentos que favorecem a produção de gases

As variações de pressão atmosférica durante o voo podem causar desconfortos digestivos, principalmente quando associadas a certos tipos de alimentos. A alteração da pressão dentro da cabine pode impactar o funcionamento do sistema digestivo, levando ao acúmulo de gases e desconforto abdominal.

Por isso, especialistas da aviação aconselham que se evite consumir alimentos que estimulam a formação de gases, como cebola, couve, feijão, carne vermelha, lentilhas, produtos com glúten e brócolis. Esses alimentos tendem a aumentar a produção de gases intestinais, agravando o desconforto durante o trajeto.

A recomendação também vale para as bebidas gaseificadas, que podem potencializar ainda mais o mal-estar devido à expansão dos gases provocada pelas mudanças de pressão na cabine.

Bebidas com excesso de sódio

Embora sejam bastante consumidas durante os voos, bebidas ricas em sódio podem representar riscos adicionais à saúde dos passageiros. A ingestão excessiva de sal pode causar retenção de líquidos e favorecer quadros de desidratação, especialmente em um ambiente pressurizado, onde já há maior tendência à perda de fluidos corporais.

Estudos médicos apontam que a alta ingestão de sódio compromete o funcionamento dos rins, forçando o organismo a retirar água das células, o que intensifica o processo de desidratação.

Por isso, quem optar por consumir bebidas alcoólicas a bordo deve intercalar cada dose com água mineral, ajudando a minimizar os efeitos nocivos do sódio e mantendo a hidratação adequada.

Alternativas recomendadas

Para garantir uma boa hidratação durante a viagem, a sugestão é consumir exclusivamente água mineral, refrigerantes ou água com gás, preferencialmente enlatados, evitando qualquer bebida preparada com a água fornecida pelo sistema da aeronave.

Quanto à alimentação, o ideal é escolher opções mais leves e de fácil digestão, que não estimulem a formação excessiva de gases, garantindo maior conforto ao longo do voo.

No caso das bebidas alcoólicas, reforça-se a importância de sempre alternar o consumo com água, ajudando a manter o equilíbrio hídrico do corpo mesmo nas condições de baixa umidade típicas do interior das aeronaves.

Essas recomendações são baseadas em anos de observação prática dos efeitos que determinados alimentos e bebidas provocam nos passageiros, associadas a evidências científicas que comprovam os riscos inerentes ao ambiente específico das viagens aéreas.

Jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente, é repórter multimídia no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Antes passou pela TV Alterosa. Escreve, em colaboração com a Itatiaia, nas editorias de entretenimento e variedades.