A colheita de mexerica continua em andamento em Campanha, no Sul de Minas, um dos maiores polos produtores da fruta em Minas Gerais, ao lado de Belo Vale, na região Central, e Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O estado é o segundo maior produtor de mexerica do país, atrás apenas de São Paulo. Atualmente, a fruta ocupa uma área de 12,4 mil hectares em Minas, sendo cultivada principalmente por agricultores familiares.
São 6.175 pequenos produtores que investem, principalmente, na variedade ponkan. O pico da colheita começou em maio e continua até julho.
A expectativa é que Minas Gerais registre, neste ano, uma safra de 238,6 mil toneladas da fruta, com crescimento de 3,1% em relação ao ano passado. Os dados são da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG).
Cuidados com o greening
A Emater-MG alerta os produtores da importância de manter os cuidados para evitar a contaminação das lavouras pelo greening: doença causada por uma bactéria. Nas plantas contaminadas, ocorrem a deformação dos frutos, maturação irregular, redução drástica na produtividade, além da morte das plantas. O recomendado é a eliminação imediata dos pés de tangerina diagnosticados com a doença.
O greening é disseminado por um inseto que pode transmitir a bactéria ao sugar a seiva das plantas de citros. Entre as medidas de prevenção está o controle do psilídeo, o uso de mudas sadias e de viveiros certificados, além da erradicação de pomares e plantas que não produzem mais.
Nas lavouras onde a doença esteja presente, é obrigatório eliminar as plantas que testaram positivo em amostras enviadas a laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura. O processo precisa ser realizado com a presença de representantes do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão responsável de defesa vegetal no estado.