Produção de pinhão garante renda e preservação do meio ambiente no Sul de Minas

Delfim Moreira investe em atividades de incentivo.

Delfim Moreira tem cerca de mil hectares de araucárias produtivas.

A colheita do pinhão já foi encerrada este ano no Sul de Minas devido à baixa produção, causada pelos temporais no início do ano. A queda na oferta provocou um aumento no preço do quilo, que passou de R$ 3 para R$ 6, segundo o extensionista da Emater-MG, Túlio César Meireles.

Delfim Moreira é um dos maiores produtores de pinhão do Estado, com uma safra estimada em 500 mil quilos neste ano. Além de incentivar o plantio da araucária, o município investe no viveiro municipal, que produz mudas enxertadas da espécie.

De acordo com a secretária municipal de Agricultura, Joelma Pádua, a produtividade média na cidade é de 60 quilos por árvore, resultando em uma renda anual de R$3,5 milhões.

Joelma também ressalta que vários incentivos estão em andamento, por meio de uma parceria com a Embrapa Florestas e a Avon, para a construção de uma unidade processadora de pinhão. A iniciativa vai permitir aos produtores ampliar a oferta de derivados do pinhão e vender a semente ao longo de todo o ano, garantindo preços melhores.

A expectativa é que a unidade já esteja em funcionamento na próxima safra.

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A safra do pinhão no Sul de Minas inicia oficialmente em 1º de abril (Lei Estadual nº 15.915/2022). Mas esse ano, a temporada do pinhão, que vai até julho, chegou ao fim em maio. No total, cerca de dois mil produtores realizam a atividade de colheita do pinhão todos os anos em Minas Gerais.

Além de Delfim Moreiras (2ª posição), os maiores produtores de pinhão do Estado (dado do Safra Agrícola da Emater-MG para 2024) são: Itamonte (1º lugar/1,2 tonelada), Alagoa (3º lugar/700 mil kg), Baependi (4º lugar/480 mil kg) e Marmelópolis (5º lugar/475 mil quilos).

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