Novas denúncias foram apresentadas contra três aplicativos chineses, incluindo o
Segundo a ONG Noyb, com sede em Viena, os aplicativos violam o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), conhecido pela sigla em inglês GDPR.
“As empresas de tecnologia adoram coletar o máximo de dados possível sobre seus usuários, mas se recusam categoricamente a fornecer acesso total a eles, conforme exigido pela legislação europeia”, afirmou em nota Kleanthi Sardeli, advogada da Noyb.
A organização já havia entrado com ações semelhantes em janeiro contra seis aplicativos chineses, alegando riscos na transferência ilegal de dados para o governo chinês.
Segundo a ONG, Shein, Temu e o aplicativo da Xiaomi responderam aos pedidos dos usuários. No entanto, TikTok, AliExpress e WeChat não forneceram as informações corretamente ou ignoraram completamente a solicitação.
Diante disso, a Noyb acionou as autoridades de proteção de dados nos três países, pedindo que essas plataformas passem a cumprir a legislação e que recebam multas administrativas. Essas multas podem chegar a 4% do faturamento global das empresas.
O TikTok pertence ao grupo chinês ByteDance e conta com cerca de 1,5 bilhão de usuários. A plataforma já foi alvo de diversas investigações e críticas de governos ocidentais, que temem que os dados dos usuários possam ser usados para fins de espionagem ou propaganda.
No dia 10 de julho, a autoridade de proteção de dados da Irlanda (DPC), que representa a União Europeia nesses casos, abriu uma investigação sobre o TikTok por armazenar dados pessoais em servidores na China. O governo chinês negou envolvimento.
Em maio, a mesma autoridade multou o TikTok em €530 milhões (R$ 3,43 bilhões) por falhas na proteção dos dados dos usuários. A sede europeia da rede social fica na Irlanda.
A AFP tentou contato com o TikTok, mas não obteve resposta.
* Com informações da AFP
* Sob supervisão de Lucas Borges