O Hospital do Servidor Público Estadual, que fica na zona sul da capital paulista, registrou, desde o início do ano, ao menos 14 casos de indivíduos colonizados, que é quando o paciente tem o fungo mas não foi infectado, e um de infecção por Candida auris, um “superfungo”, o que caracteriza um surto.
Um homem, de 73 anos, paciente do hospital que estava infectado pelo superfungo, morreu. O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE), porém, informou que o óbito foi causado por complicações cirúrgicas e não em razão da infecção do fungo.
Ainda de acordo com o IAMSPE, o instituto informou que o hospital notificou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e adotou todas as medidas de segurança e controle”, como a manutenção de pacientes em quartos individuais, higienização intensificada e treinamentos para as equipes. Disse ainda que, de acordo com o preconizado pelos órgãos de vigilância, a unidade segue realizando coletas mensais por seis meses para análise do cenário”.
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Durante as coletas diárias, notificadas para as autoridades sanitárias, foi identificado a presença do microrganismo em outros 14 pacientes, mas nenhum evoluiu para a infecção durante a internação e tratamento dos pacientes.
O Hospital do Servidor Público Estadual informou que se reúne com a Anvisa semanalmente para relatar as ações e os resultados das coletas, reforçando as normas de controle de infecção em todo o hospital.
Candida auris
O Candida auris é considerado grave, pois pode causar candidemia, uma infecção da corrente sanguínea que pode levar à morte. Os sintomas incluem febre, mal-estar e piora nos exames laboratoriais.
Há tratamento?
Sim, é feito com antifúngicos, mas o fungo representa um desafio para a saúde pública, porque pode ser resistente às medicações mais convencionais. Em alguns casos, é necessário o uso de antifúngicos alternativos para combater a infecção, incluindo a candidemia.