No Brasil, todos os anos são divulgadas campanhas de combate ao mosquito Aedes aegypti na tentativa de sensibilizar e mobilizar a população para, em conjunto com as organizações de saúde, frear a epidemia existente em nosso país. Desta vez, o Ministério da Saúde alertou mais uma vez sobre os cuidados e ações para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor de diversos vírus causadores de doenças graves, como a
Em um comunicado divulgado, o alerta vai para as ações de prevenção e controle dessas e de outras enfermidades exigem a atuação de todas as esferas da gestão e participação ativa da população. Em Minas Gerais, o Governo anunciou um investimento de R$ 163 milhões para enfrentar a proliferação de doenças transmitidas pelo mosquito
Como parte das ações, desde 2023, a pasta coordena uma série de ações com foco no combate à dengue, por exemplo. No início de 2024, foi anunciado R$ 1,5 bilhão para apoiar estados, municípios e o Distrito Federal no enfrentamento de emergências em saúde pública. Entre as principais iniciativas, destacam-se campanhas de comunicação para conscientizar a população sobre a importância de eliminar criadouros dos mosquitos, como recipientes abertos com água parada. Desde como é feito o diagnóstico, quando buscar atendimento, até as medidas indispensáveis para eliminar o mosquito Aedes aegypti.
Mas afinal de contas, o que são as arboviroses?
De acordo com o Ministério da Saúde, as
Os principais vetores de arbovírus são os mosquitos, em particular, dos gêneros Aedes e Culex, além do inseto do gênero Culicoides, transmissor do vírus
No Brasil o ciclo da febre-amarela atualmente é silvestre, com transmissão por meio dos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Os últimos casos de febre-amarela urbana foram registrados no Brasil em 1942, e todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão.
Conheça os diferentes aspectos da dengue, zika, chikungunya e febre oropouche
O que a
De acordo com o entomologista da Fiocruz, especialista no mosquito Aedes aegypti, Fabiano Duarte Carvalho, não existe receita milagrosa contra o mosquito.
“Nada disso tem comprovação científica de que vai funcionar repelindo o mosquito. Apesar do Aedes aegypti ter o hábito diurno e o pernilongo comum ter hábito noturno, isso não impede que eles possam fazer essa picada fora do seu horário de preferência. Em áreas rurais, como campos e matas, é comum encontrarmos vários mosquitos, mas o transmissor da dengue, zika e chikungunya prefere os centros urbanos”, detalha o especialista.
Segundo Fabiano Carvalho, o mosquito geralmente se orienta por correntes de CO₂ que liberamos na nossa respiração e essas correntes se concentram próximas ao chão. Por isso, o mosquito costuma voar mais baixo.
Além disso, as pernas e os pés ficam desprotegidos. Às vezes, a pessoa está sentada com as pernas debaixo da mesa, local escuro, onde o mosquito fica. Ele aproveita esse momento para fazer a picada. Mas o mosquito pode picar qualquer outra parte do corpo.
Mas afinal, como diferenciar os sintomas das arbovires?
Febre Oropouche | Dengue | Chikungunya |
Dor de cabeça | Dor de cabeça | Dores intensas nas articulações |
Dor muscular | Dores musculares, articulares e atrás dos olhos | Edema nas articulações |
Dor nas articulações | Febre | Dor nas costas |
Náusea | Prostração | Prurido |
Diarreia | Náusea e diarreia | Náuseas e vômitos |
Prostração | Dor de garganta | |
Calafrios | ||
Diarreia ou dor abdominal |
Febre-amarela
A
A boa notícia é que a febre-amarela pode ser evitada com vacinação. A vacina está disponível, durante todo o ano, nas mais de 4.000 unidades de saúde em todo Estado de Minas Gerais. É segura e gratuita, sendo disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).