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Saiba o que é a síndrome de Angelman, condição neurológica que atinge filho do ator Colin Farrell

Em entrevista recente, o artista falou sobre o problema pela primeira vez

Vencedor de dois Globos de Ouro e indicado ao Oscar em 2023, o consagrado ator irlandês Collin Farrel - que atuou em filmes como Minority Report, Miami Vice e O Demolidor - conversou com a revista americana People sobre a situação de seu filho, James Farrell, de 20 anos. O jovem tem uma doença neurológica chamada Síndrome de Angelman.

O ator relatou que, perto de completar 3 anos, seu filho ainda não andava e não falava. Foi então que um neurologista pediátrico, que consultou o pequeno James à época, logo suspeitou que a criança poderia ter a síndrome de Angelman. Colin Farrell disse que perguntou ao médico, na ocasião, se seu filho sentia dor e se sua vida seria encurtada por causa da doença. O profissional respondeu que a expectativa de vida de James seria normal e que o bebê não sofreria com dores.

Colin Farrell contou, ainda, que passou por momentos muito difíceis com seu filho, mas que hoje a situação é um pouco mais tranquila. “Falo com James como se conversasse com qualquer outra pessoa de 20 anos com capacidade cognitiva apropriada para sua idade, mas não consigo discernir uma resposta específica dele ou entender se ele está confortável. Tenho que tomar uma decisão com base no que conheço do espírito de James, que tipo de jovem ele é e a bondade que ele tem no coração”, disse o ator à People, em trecho destacado pelo Metrópoles.

Diagnóstico, sintomas e tratamento da síndrome de Angelman

A síndrome de Angelman é uma doença genética neurológica que leva este nome por ter sido descoberta pelo neurologista britânico Harry Angelman. De acordo com o site da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o diagnóstico pode ser realizado a partir do primeiro ano de vida, baseado em atraso de desenvolvimento motor e da fala, acompanhados de tremores, balançar frequente das mãos e andar desequilibrado com as pernas rígidas.

Ainda de acordo com a entidade científica, pessoas com síndrome de Angelman tem pouca capacidade de comunicação oral e riem facilmente e com frequência.

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Outros sintomas da doença destacados pela Fiocruz são:

  • Problemas alimentares.
  • Atraso em aprender a engatinhar, a sentar e a andar.
  • Dificuldade ou ausência de fala.
  • Dificuldade de aprendizado.
  • Epilepsia.
  • Eletroencefalograma anormal.
  • Movimentos anormais.
  • Natureza afetuosa, alegre e com sorriso frequente.
  • Transtornos no sono.
  • Andar desequilibrado com as pernas abertas e rígidas.
  • Tamanho da cabeça menor do que o normal, frequentemente com achatamento posterior.
  • Traços faciais característicos (boca grande, queixo proeminente, dentes espaçados, bochechas acentuadas, lábio superior fino, olhos fundos, tendência a deixar a língua entre os dentes).
  • Tem os cabelos finos, claros e a pele também bastante clara, normalmente são confundidos com os albinos.
  • Redução da pigmentação ocular (normalmente tem olhos claros).
  • Estrabismo.
  • Desvio de coluna.

Segundo a Fiocruz, não há cura para a síndrome de Angelman, mas medicamentos, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e atividades orientadas realizadas em casa podem ajudar a amenizar os sintomas. A entidade ressalta que ajuda, compreensão e paciência dos familiares é essencial para auxiliar os portadores da doença.


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Marcelo Fraga escreve em colaboração com a Itatiaia
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