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Aumento do risco de câncer: estudo compara uso de pesticidas agrícolas ao tabagismo

Pesquisa dos Estados Unidos analisou 69 pesticidas que podem aumentar incidência de leucemia, linfoma não-Hodgkin, câncer de bexiga, cólon e de pulmão, entre outros

Um estudo pioneiro realizado por pesquisadores dos Estados Unidos afirma que o a exposição e o uso de pesticidas pode aumentar o risco de vários tipos de câncer. Além disso, os pesquisadores compararam pela primeira vez o impacto dos produtos químicos com o do tabagismo, um dos maiores causadores da doença.

Publicada na revista Frontiers in Câncer Control and Society, a pesquisa analisou o uso de 69 pesticidas diferentes, incluindo Paration, Malathion, Diazinon e Tetraclorvinfos.

Apesar da importância dos pesticidas na agricultura moderna, a exposição pode ser associada a vários efeitos nocivos à saúde, incluindo distúrbios neurológicos como a doença de Parkinson, aumento do risco de vários tipos de câncer e alteração da função imunológica.

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Segundo o estudo, a exposição pode aumentar risco de cânceres como:

Por meio de uma análise abrangente da relação entre o uso geral de pesticidas e a incidência de câncer nos Estados Unidos, a pesquisa concluiu que exposição dos produtos químicos pode ser comparada ao tabagismo para alguns tipos de câncer.

‘Essa análise abrangente levou em conta potenciais fatores de confusão, status socioeconômico, taxas de tabagismo e uso de terras agrícolas. Nossas descobertas mostram que o impacto do uso de pesticidas na incidência de câncer pode rivalizar com o do tabagismo. As tendências geográficas mostraram que os condados com maior produtividade agrícola, como os principais estados produtores de milho do Centro-Oeste, também têm maior risco de câncer devido à exposição a pesticidas’, afirma os pesquisadores do estudo dos EUA.

Tabagismo e câncer de pulmão

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é o maior responsável pelo câncer de pulmão no Brasil e no mundo. Segundo dados do Instituo Nacional do Câncer (Inca), quase 200 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se as pessoas deixassem de fumar, sendo que cerca de um terço destes óbitos estão ligados a algum tipo de câncer causado pelo hábito de fumar. O Inca estima que, até 2025, serão registrados mais de três mil casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão, em Minas Gerais.


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Giullia Gurgel é estudante de jornalismo e estagiária da Itatiaia.
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