O governador em exercício de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), afirmou que
A resposta do político do Novo foi dada para rebater uma crítica destacada pela oposição ao governo Zema na Assembleia Legislativa (ALMG). Em meio às discussões do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), parlamentares da oposição têm dito que o governo do Novo não tem investido na empresa como deveria e tem permitido um processo de sucateamento da estatal.
“Ela mais do que dobrou o seu valor ao longo desse período. Por quê? Porque tem gestão. A gente investia R$ 600 milhões por ano (antes da gestão Zema). Nós investimos, no ano passado, R$ 2 bilhões de reais. Isso mostra que, ao contrário de sucateamento, o que a gente tem é uma melhora da qualidade operacional da empresa”, afirmou.
Apesar disso, Simões avalia que, por ser uma estatal, a companhia ainda não tem “a velocidade” que o governo gostaria que ela tivesse. “Ela tem amarras por ser uma estatal. Então, quando a gente discute na Assembleia que é importante que a empresa se modernize e que o controle dela seja alienado para que ela ganhe mais velocidade, competitividade, nós estamos dizendo exatamente que a gente quer exponencializar isso que já está sendo feito”, destaca Simões.
Simões ainda rechaça qualquer “trabalho de sucateamento” na empresa, e diz que é necessário agilizar as negociações para que o controle da Copasa seja alienado. “Essa discussão está aberta dentro da Assembleia, é uma discussão importante, significaria muito para os municípios que são atendidos pela Copasa em ganho de velocidade para realização dos investimentos”, completa.
As declarações de Simões foram dadas durante um evento em que o governador em exercício anunciou um investimento de R$ 1 bilhão na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Onça, em Belo Horizonte. O político afirmou que o aporte irá transformar a unidade na mais moderna do país e vai provocar uma melhoria significativa na qualidade das águas do Ribeirão do Onça e do Rio das Velhas.
Ao lado de outras estatais, a Copasa foi listada pelo Palácio Tiradentes como um um dos ativos que podem ser federalizados - transferidos para o governo federal - no processo de equalização da dívida de Minas Gerais com a União que já está na casa dos R$ 165 bilhões. Somadas, Codemig (R$ 32 bilhões), Cemig (R$ 7,5 bilhões), Copasa (R$ 4 bilhões) UEMG (R$ 500 milhões) e Comprev (R$ 1 bilhão) atingem apenas R$ 45 bilhões.
A prioridade do governo Zema dentro das discussões do Propag é de aprovar a negociação do maior número de ativos possíveis, para que os R$ 36 bilhões exigidos pela União, cerca de 20% da dívida, sejam quitados e as condições dos juros sejam melhoradas nas negociações.