Simões diz que oposição ao governo Zema ‘faz barulho’, mas que projetos do Propag estão ‘avançando’

Vice-governador afirmou que vários projetos já foram resolvidos em 60 dias na ALMG e que proposta que acaba com exigência do referendo está bem encaminhada

Vice-governador Mateus Simões (Novo)

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), defendeu a articulação do governo na tramitação de projetos do chamado “pacote” Propag — que viabilizam a adesão ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados com a União — na Assembleia Legislativa (ALMG).

Ele afirmou que o bloco de oposição “pode fazer barulho”, mas que os textos “estão andando”. “Já tem coisa resolvida em menos de 60 dias. A PEC, de referendo, já está bem encaminhada”, afirmou Simões, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (2).

A Proposta de Emenda a Constituição (PEC) na qual ele se refere derruba a necessidade de um referendo popular para a privatização de estatais mineiras, como a Copasa e a Cemig, por exemplo. O avanço do texto, no entanto, foi obstruído pela terceira semana consecutiva pela oposição.

O travamento da pauta provocou revolta na base do governo Romeu Zema (Novo), que classificou a postura da oposição como “irresponsável”.

‘Preferiria o perdão’

O vice-governador avalia que “resta pouco” ao PT em Minas, a não ser aprovar os projetos do Propag na ALMG. “Os textos são na construção daquilo que é solução proposta pelo próprio presidente da República. Eu preferiria o perdão. Estamos pagando porque, infelizmente, o governo federal nos obriga a pagar”, disse.

O “perdão” da dívida de Minas Gerais com a União já foi motivo de tensão entre o governador Romeu Zema (Novo) e o governo federal.

Neste ano, o presidente Lula (PT) declarou: “O que nós fizemos para os estados que não pagavam dívidas talvez só Jesus Cristo fizesse se ele concorresse à Presidência da República deste país”. O governador, no entanto, rebateu afirmando que Jesus “perdoaria a dívida” e não cobraria “juros abusivos”.

“Estou pagando juros porque, infelizmente, o ministro [Fernando] Haddad quer cobrar imposto, mas dar desconto para o estado ele não quer. O governo federal não resolve as contas dele, mas pressiona as nossas”, disse Simões nesta quarta-feira.

Codemig e Codemge

A Assembleia deu aval nesta quarta-feira (2) para o governo de Minas federalizar a Codemge e a Codemig para abater a dívida de cerca de R$ 165 bilhões do Estado com a União.

Os projetos apresentados pelo governador Romeu Zema fazem parte do pacote de medidas que permitem ao estado aderir ao Propag.

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Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já foi produtora de programas da grade e repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.

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