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Segundo ele, o ato do governo americano de restringir a entrada de Moraes em território americano pode gerar um efeito de união nacional em torno da Corte. ‘Nada une mais do que um ataque’, afirma Crosara. “A partir do momento que um presidente americano, que é controverso, toma essas medidas, isso confere um ganho de capital político e legitimidade ao STF”, afirma.
A reação do Congresso Nacional também é vista como um indicativo desse fortalecimento. Mesmo com o histórico de tensões entre o Legislativo e o Judiciário, lideranças parlamentares têm se mostrado reticentes em tomar medidas contra o STF. ‘Você vê até o Congresso, a oposição querendo chamar o Congresso e os líderes do Congresso falam: ‘Não, a gente está de recesso, nós não vamos tomar medida nenhuma’’, observa o especialista.
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Quanto à possibilidade de prisão para Bolsonaro, Crosara avalia que isso depende de próximos passos dos envolvidos. “Se continuar essa toada de novas declarações do Eduardo Bolsonaro, dobrando a aposta nos Estados Unidos, como ele já fez, acredito que possa ocorrer, porque medidas cautelares são pensadas em escalonamento”, afirma. “Primeiro começa com uma proibição de contato com alguém, tornozeleira, proibições de horários”, completa. Segundo ele, as medidas impostas ao ex-presidente são a última etapa antes da prisão preventiva. “Acredito que, se eles dobrarem a aposta, continuarem interferindo, buscando as autoridades americanas, pode ser que haja prisão.”